Amnistia Internacional denuncia mais penas de morte em 2014 que em 2013

Nova Iorque, Estados Unidos (PANA) – Um número alarmante de países utilizaram a pena de morte para lutar contra crimes como o terrorismo e outros problemas de instabilidade interna nos seus territórios em 2014, denunciou A Amnistia Internacional (AI) num relatório anual e global publicado quarta-feira última.

De acordo com o relatório transmitido à PANA em Nova Iorque, o número de condenações à morte recenseadas em 2014 aumentou quase em 500 em relação ao ano de 2013, principalmente no Egito e na Nigéria, devido ao contexto de conflito interno e à instabilidade política.

Citado no documento, secretário-geral da AI, Salil Shetty, declarou que « os Governos que recorrem à pena de morte para combater crimes estão com ilusões. Não existe nenhuma prova que comprove que a ameaça de execução seja mais dissuasiva para criminosos do que outras penas".

A tendência sombria dos Governos a utilizarem a pena capital como uma tentativa fútil de combater ameaças reais ou imaginárias à segurança do Estado e à segurança pública foi austera no ano passado.

Considera vergonhoso que tantos Estados no mundo estejam a desdenhar essencialmente a vida de pessoas condenando-as à pena de morte por terrorismo ou para reprimir a instabilidade interna com base num princípio mal concebido de dissuasão.

-0- PANA AA/VAO/MTA/TBM/FK/DD 02abril2015