Agência Panafricana de Notícias

Amnistia Internacional acusa partes em conflito na Líbia de crimes de guerra

Tripoli, Líbia (PANA) - A Amnistia Internacional (AI) afirmou que os direitos humanos estão em constante violação na Líbia e acusa, num relatório publicado terça-feira última, todas as partes em conflito na Líbia de "crimes de guerra e violações flagrantes dos direitos humanos".

A Organização não Governamental (ONG) sediada em Londres (Inglaterra) acrescentou que estas violações foram cometidas durante ataques cegos e diretos contra civis, o rapto de pessoas e a sua tortura devido às suas filiações tribais e políticas.

Ela acusa a organização terrorista Daech (Estado Islâmico) de proceder a execuções públicas e a cenas de punição com pancadas e amputação que são publicadas em vídeos.

Segundo a AI, os imigrantes e os refugiados na Líbia são submetidos à tortura, exploração e abusos sexuais durante a sua viagem para a Europa.

Os jornalistas e os militantes dos direitos humnanos foram, segundo o relatório da AI, vítimas de ameaças de rapto e assassinato, sabotagem das estações de televisão e seu incêndio, citando a organização Repórteres Sem Fronteiras, que documentou mais de 30 ataques contra os jornalistas durante o ano de 2015.

O relatório denunciou o assédio de mulheres na Líbia, o casamento de crianças, o encerramento de tribunais em várias cidades devido a ameaças que pairam sobre os advogados e os juízes, bem como a detenção de milhares de pessoas que são acusadas de obediência ao regime de Kadafi sem ser formalmente inculpadas.

A AI exortou no ano passado as autoridades líbias a pedir contas aos responsáveis que visam os civis, sublinhando que a impunidade face às violações ocorridas na Líbia continuará a ser uma fonte grave de preocupação.

A organização reconheceu os desafios enormes com os quais as autoridades líbias estão confrontadas na promoção dos direitos humanos.

-0- PANA BY/JSG/FK/TON 17fevereiro2016