PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Al Qaeda no Magrebe Islâmico tem entre 200 e 300 combatentes
Paris, França (PANA) – Os efetivos da organização terrorista Al Qaeda no Magrebe Islâmico (AQMI) situam-se entre 200 e 300 combatentes, segundo um estudo do Observatório Sahelo-Sariano de Geopolítica e Estratégia (OSGS) a que a PANA teve acesso quarta-feira.
Consagrado à avaliação dos « riscos e desafios de segurança no espaço Sahelo-Sariano (ESS) », o estudo precisa que os combatentes da AQMI são originários da Argélia, da Mauritânia, do Mali, da Nigéria, do Burkina Faso, bem como de diferentes movimentos islamistas da África do Norte.
« A AQMI adotou igualmente o modo operatório da Al Qaeda (atentados suicidas na Argélia, em Marrocos e na Mauritâniae e tomada de reféns) e alargou os seus alvos aos interesses ocidentais (investimentos e pessoal) » sublinha o estudo do OSGS, um organismo não governamental sediado em Bamako, no Mali.
O estudo indica igualmente que o espaço sahelo-sariano, que vai da Mauritânia ao Tchad passando pela Argélia, pelo Mali e pelo Níger, tornou-se uma « base logística » que serve de campo de treinos e de proteção para diferentes movimentos islamistas da região.
« O espaço sahelo-sariano tornou-se ao longo dos anos uma base logíca de abastecimento de armas e materiais diversos, organizações de meios de encaminhamento de combatentes, de fundos e de armas para diferentes países », advertiu o OSGS.
O organismo, dirigido pelo antigo ministro maliano das Forças Armadas e Antigos Combatentes, Soumeylou Boubèye Maïga, indica que a atividade da AQMI no Sahel nunca teria sido possível « sem a passividade, a cumplicidade e o apoio da população ».
« É que, por um lado, os líderes da AQMI a começar por Belmoctar contraíram vários casamentos de conveniência em diferentes comunidades, comprando assim a sua proteção. Por outro lado, os grupos mafiosos e a AQMI supriram a falha dos Estados ao dar soluções a alguns problemas fundamentais das populações », explica o estudo documentado do OSGS.
Para este organismo, os recursos financeiros provenientes dos tráficos de todo o tipo e os resgates pagos para obter a libertação dos reféns ocidentais permitiram à AQMI criar vários novos ricos e corromper serviços dos Estados do Sahel.
« O aumento das capacidades da AQMI na região pressupôs um crescimento do nível de ameaça, com o objetivo de transformar o ESS em palco de violência e não só como base de apoio a meio caminho entre o estatuto de santuário e o de terra de combate », insiste o estudo.
Sob a forte pressão das forças de defesa e segurança argelinas, o antigo Grupo Salafista para a Predicação e Combate (GSPC), tornado AQMI depois da sua obediência a Ben Laden, recentrou as suas atividades nas fronteiras comuns da Argélia, do Mali e do Níger.
Esta faixa de território difícil de supervisar sem coordenação entre os Estados e sem cobertura aérea permite hoje à AQMI proceder ao rapto de reféns ocidentais que acabam por ser libertados contra o pagamento de enormes resgates.
Cinco Franceses, um Malgaxe e um Togolês, raptados a 16 de Setembro último em Arlit, no norte do Níger, estão atualmente detidos pela AQMI.
-0- PANA SEI/JSG/MAR/TON 22Dez2010
Consagrado à avaliação dos « riscos e desafios de segurança no espaço Sahelo-Sariano (ESS) », o estudo precisa que os combatentes da AQMI são originários da Argélia, da Mauritânia, do Mali, da Nigéria, do Burkina Faso, bem como de diferentes movimentos islamistas da África do Norte.
« A AQMI adotou igualmente o modo operatório da Al Qaeda (atentados suicidas na Argélia, em Marrocos e na Mauritâniae e tomada de reféns) e alargou os seus alvos aos interesses ocidentais (investimentos e pessoal) » sublinha o estudo do OSGS, um organismo não governamental sediado em Bamako, no Mali.
O estudo indica igualmente que o espaço sahelo-sariano, que vai da Mauritânia ao Tchad passando pela Argélia, pelo Mali e pelo Níger, tornou-se uma « base logística » que serve de campo de treinos e de proteção para diferentes movimentos islamistas da região.
« O espaço sahelo-sariano tornou-se ao longo dos anos uma base logíca de abastecimento de armas e materiais diversos, organizações de meios de encaminhamento de combatentes, de fundos e de armas para diferentes países », advertiu o OSGS.
O organismo, dirigido pelo antigo ministro maliano das Forças Armadas e Antigos Combatentes, Soumeylou Boubèye Maïga, indica que a atividade da AQMI no Sahel nunca teria sido possível « sem a passividade, a cumplicidade e o apoio da população ».
« É que, por um lado, os líderes da AQMI a começar por Belmoctar contraíram vários casamentos de conveniência em diferentes comunidades, comprando assim a sua proteção. Por outro lado, os grupos mafiosos e a AQMI supriram a falha dos Estados ao dar soluções a alguns problemas fundamentais das populações », explica o estudo documentado do OSGS.
Para este organismo, os recursos financeiros provenientes dos tráficos de todo o tipo e os resgates pagos para obter a libertação dos reféns ocidentais permitiram à AQMI criar vários novos ricos e corromper serviços dos Estados do Sahel.
« O aumento das capacidades da AQMI na região pressupôs um crescimento do nível de ameaça, com o objetivo de transformar o ESS em palco de violência e não só como base de apoio a meio caminho entre o estatuto de santuário e o de terra de combate », insiste o estudo.
Sob a forte pressão das forças de defesa e segurança argelinas, o antigo Grupo Salafista para a Predicação e Combate (GSPC), tornado AQMI depois da sua obediência a Ben Laden, recentrou as suas atividades nas fronteiras comuns da Argélia, do Mali e do Níger.
Esta faixa de território difícil de supervisar sem coordenação entre os Estados e sem cobertura aérea permite hoje à AQMI proceder ao rapto de reféns ocidentais que acabam por ser libertados contra o pagamento de enormes resgates.
Cinco Franceses, um Malgaxe e um Togolês, raptados a 16 de Setembro último em Arlit, no norte do Níger, estão atualmente detidos pela AQMI.
-0- PANA SEI/JSG/MAR/TON 22Dez2010