PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Agência de “rating” mantêm Cabo Verde na classificação de país “estável”
Praia, Cabo Verde (PANA) - A agência de "rating" Standard & Poors (S&P) manteve a classificação de Cabo Verde em B/B a longo e curto prazos, o que constitui uma perspetiva “estável” da economia do arquipélago, apurou a PANA, segunda-feira, de fonte autorizada.
O mais recente relatório da S&P, citado pelo Ministério das Finanças do arquipélago, considera que a perspetiva "estável" reflete a visão de que o crescimento económico de Cabo Verde irá acelerar, mitigando os défices fiscal e externo e que o país continuará a beneficiar do apoio dos maiores credores, aliado à sua estabilidade politica.
O arquipélago deverá registar um crescimento do PIB real, com base no aumento das receitas do turismo, uma maior demanda interna e preços de energia mais baixos.
Os "ratings" de Cabo Verde estão, porém, "constrangidos" pelos níveis de desequilíbrios fiscais e externos do país e da dependência do setor do turismo das "enfraquecidas" economias europeias, do comércio, do investimento e da dívida pública.
No entanto, a S&P antevê a manutenção da estabilidade política e assistência técnica e financeira aliada ao suporte dos doadores multilaterais, precisando que Cabo Verde “é uma das democracias mais estáveis de África, com uma boa posição em termos de índices internacionais”.
A S6P perspetiva ainda que Cabo Verde "continue a manter boas relações" com os doadores internacionais, "embora haja o risco" de que uma eventual realização do estatuto de "rendimento médio", a que o arquipélago ascendeu desde de 2008, leve a que receba menos financiamento oficial a médio/longo prazos.
No entanto, o relatório projeta que o crescimento do PIB real de Cabo Verde continua aquém do esperado, o que levou a S&P a rever de dois porcento para um porcento a estimativa para 2014 feita na última revisão, publicada em dezembro do ano passado.
A nota do Ministério das Finanças, que cita o relatório do S&P, ressalva que, já em abril deste ano, os dados publicados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) cabo-verdiano apontam para um crescimento de 2,7 porcento em 2014.
A S&P realça que a sua previsão é a consequência de uma combinação do crescimento económico "lento" na Zona Euro, do "mau" ano agrícola no ano findo, de uma performance "menos conseguida" no setor do turismo e de uma "desaceleração" do investimento público.
Contudo, a agência antevê um crescimento do PIB real médio de 3,5 porcento, entre 2015 e 2018, e perspetiva que a lenta melhoria do desempenho económico europeu irá apoiar o turismo e o investimento direto estrangeiro em Cabo Verde.
Por seu turno, a demanda doméstica deverá também beneficiar dos recentes investimentos públicos em infraestruturas básica e preços de energia mais baixos.
O relatório prevê igualmente os défices em conta corrente "acima" da última revisão, e a descida dos preços internacionais do petróleo permitirão reduzir para o país a "elevada conta de importação de produtos energéticos", contribuindo para a redução do défice comercial de Cabo Verde.
A S&P espera ainda que a redução dos investimentos de capital por parte do Governo irá desacelerar o crescimento das importações de bens de capital, enquanto que as exportações de serviços serão beneficiadas com a retoma no turismo, num contexto de recuperação das economias da Europa e destinos de turismo rivais na África do Norte "que ainda estão a sofrer de algumas perceções de insegurança".
O relatório estima, por fim, a "continuidade de um bom desempenho" das remessas dos emigrantes, considerando a grande diáspora cabo-verdiana.
-0- PANA CS/IZ 05maio2015
O mais recente relatório da S&P, citado pelo Ministério das Finanças do arquipélago, considera que a perspetiva "estável" reflete a visão de que o crescimento económico de Cabo Verde irá acelerar, mitigando os défices fiscal e externo e que o país continuará a beneficiar do apoio dos maiores credores, aliado à sua estabilidade politica.
O arquipélago deverá registar um crescimento do PIB real, com base no aumento das receitas do turismo, uma maior demanda interna e preços de energia mais baixos.
Os "ratings" de Cabo Verde estão, porém, "constrangidos" pelos níveis de desequilíbrios fiscais e externos do país e da dependência do setor do turismo das "enfraquecidas" economias europeias, do comércio, do investimento e da dívida pública.
No entanto, a S&P antevê a manutenção da estabilidade política e assistência técnica e financeira aliada ao suporte dos doadores multilaterais, precisando que Cabo Verde “é uma das democracias mais estáveis de África, com uma boa posição em termos de índices internacionais”.
A S6P perspetiva ainda que Cabo Verde "continue a manter boas relações" com os doadores internacionais, "embora haja o risco" de que uma eventual realização do estatuto de "rendimento médio", a que o arquipélago ascendeu desde de 2008, leve a que receba menos financiamento oficial a médio/longo prazos.
No entanto, o relatório projeta que o crescimento do PIB real de Cabo Verde continua aquém do esperado, o que levou a S&P a rever de dois porcento para um porcento a estimativa para 2014 feita na última revisão, publicada em dezembro do ano passado.
A nota do Ministério das Finanças, que cita o relatório do S&P, ressalva que, já em abril deste ano, os dados publicados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) cabo-verdiano apontam para um crescimento de 2,7 porcento em 2014.
A S&P realça que a sua previsão é a consequência de uma combinação do crescimento económico "lento" na Zona Euro, do "mau" ano agrícola no ano findo, de uma performance "menos conseguida" no setor do turismo e de uma "desaceleração" do investimento público.
Contudo, a agência antevê um crescimento do PIB real médio de 3,5 porcento, entre 2015 e 2018, e perspetiva que a lenta melhoria do desempenho económico europeu irá apoiar o turismo e o investimento direto estrangeiro em Cabo Verde.
Por seu turno, a demanda doméstica deverá também beneficiar dos recentes investimentos públicos em infraestruturas básica e preços de energia mais baixos.
O relatório prevê igualmente os défices em conta corrente "acima" da última revisão, e a descida dos preços internacionais do petróleo permitirão reduzir para o país a "elevada conta de importação de produtos energéticos", contribuindo para a redução do défice comercial de Cabo Verde.
A S&P espera ainda que a redução dos investimentos de capital por parte do Governo irá desacelerar o crescimento das importações de bens de capital, enquanto que as exportações de serviços serão beneficiadas com a retoma no turismo, num contexto de recuperação das economias da Europa e destinos de turismo rivais na África do Norte "que ainda estão a sofrer de algumas perceções de insegurança".
O relatório estima, por fim, a "continuidade de um bom desempenho" das remessas dos emigrantes, considerando a grande diáspora cabo-verdiana.
-0- PANA CS/IZ 05maio2015