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Agência Panafricana de Notícias
Agência de rating Fitch coloca nos 120 dívida pública de Cabo Verde
Praia, Cabo Verde (PANA) - A agência de rating norte-americana Fitch prevê que a dívida pública de Cabo Verde deve atingir este ano os 120 porcento do PIB (Produto Interno Bruto), valor inicialmente projetado apenas para 2017, apurou a PANA na capital cabo-verdiana.
No entanto, o último relatório sobre Cabo Verde que mantém o rating do país no nível B, perspetiva um período de estabilidade da dívida pública no biénio 2015-2017, prevendo que ela deve começar a diminuir gradualmente a partir dessa altura.
Esta previsão é, segundo a Fitch, “baseada na nossa assunção do declínio dos défices orçamentais [cabo-verdianos] e na previsão de um crescimento económico moderado”.
A agência estima ainda que o défice orçamental cabo-verdiano tenha diminuído para 4,8 porcento do PIB em 2015 quando, no ano anterior, se situava nos 7,4 porcento.
Esta diminuição ficou a dever-se ao crescimento das receitas e à diminuição das despesas. Contudo, a Fitch assinala que este fator ficou acima da mediana de 3,9 porcento que carateriza a categoria B.
O Governo, segundo nota a agência de rating, aponta para um défice orçamental de 3,5 porcento, em 2018, um valor que seria alcançado através de medidas que controlem as receitas e as despesas do Estado, o que implicaria que as despesas de capital, que já desceram de 10,3 porcento do PIB em 2012 para 6,6 porcento em 2015, diminuíssem ainda mais.
Tratase de uma medida que está em linha com as diretivas dos credores oficiais internacionais do arquipélago.
A Fitch defende ainda que tanto o crescimento real como o crescimento potencial do PIB “são fracos”, porque tiveram um crescimento médio de apenas dois porcento, entre 2010 e 2015, “abaixo da mediana da categoria B que é de 4,6 porcento”.
Por isso, a Fitch estima que o crescimento do PIB cabo-verdiano em 2015 “terá igualmente sido de dois porcento, apesar do ligeiro crescimento verificado no Investimento Direto Estrangeiro e das receitas do turismo”.
Para a Fitch, o potencial de crescimento da economia cabo-verdiana está dependente dos ‘lucros’ que o Estado venha a retirar “dos grandes investimentos feitos em infraestruturas a que se juntam as perspetivas do turismo e do agronegócio”.
Mas acima de tudo, nota aquela agência, o potencial de crescimento da economia cabo-verdiana só irá aumentar se houver “uma recuperação continuada da economia da União Europeia”, o principal parceiro económico de Cabo Verde.
A Fitch destaca ainda que a paridade entre o escudo cabo-verdiano e o euro “tem suportado a estabilidade macroeconómica desde a sua implementação em 1998, reduzindo a inflação e a volatilidade das taxas de câmbio”.
Todavia, prossegue o relatório, “as pequenas dimensões do país, com apenas meio milhão de habitantes, tornam muito mais voláteis as previsões de crescimento do que quando comparado com os seus pares”.
A Fitch destaca ainda que, sendo Cabo Verde uma pequena economia “com falta de recursos naturais e exposta a défices alimentares e energéticos, o défice do país é estrutural apesar do peso das remessas dos emigrantes e das receitas geradas pelo turismo”.
-0- PANA CS/IZ 23fev2016
No entanto, o último relatório sobre Cabo Verde que mantém o rating do país no nível B, perspetiva um período de estabilidade da dívida pública no biénio 2015-2017, prevendo que ela deve começar a diminuir gradualmente a partir dessa altura.
Esta previsão é, segundo a Fitch, “baseada na nossa assunção do declínio dos défices orçamentais [cabo-verdianos] e na previsão de um crescimento económico moderado”.
A agência estima ainda que o défice orçamental cabo-verdiano tenha diminuído para 4,8 porcento do PIB em 2015 quando, no ano anterior, se situava nos 7,4 porcento.
Esta diminuição ficou a dever-se ao crescimento das receitas e à diminuição das despesas. Contudo, a Fitch assinala que este fator ficou acima da mediana de 3,9 porcento que carateriza a categoria B.
O Governo, segundo nota a agência de rating, aponta para um défice orçamental de 3,5 porcento, em 2018, um valor que seria alcançado através de medidas que controlem as receitas e as despesas do Estado, o que implicaria que as despesas de capital, que já desceram de 10,3 porcento do PIB em 2012 para 6,6 porcento em 2015, diminuíssem ainda mais.
Tratase de uma medida que está em linha com as diretivas dos credores oficiais internacionais do arquipélago.
A Fitch defende ainda que tanto o crescimento real como o crescimento potencial do PIB “são fracos”, porque tiveram um crescimento médio de apenas dois porcento, entre 2010 e 2015, “abaixo da mediana da categoria B que é de 4,6 porcento”.
Por isso, a Fitch estima que o crescimento do PIB cabo-verdiano em 2015 “terá igualmente sido de dois porcento, apesar do ligeiro crescimento verificado no Investimento Direto Estrangeiro e das receitas do turismo”.
Para a Fitch, o potencial de crescimento da economia cabo-verdiana está dependente dos ‘lucros’ que o Estado venha a retirar “dos grandes investimentos feitos em infraestruturas a que se juntam as perspetivas do turismo e do agronegócio”.
Mas acima de tudo, nota aquela agência, o potencial de crescimento da economia cabo-verdiana só irá aumentar se houver “uma recuperação continuada da economia da União Europeia”, o principal parceiro económico de Cabo Verde.
A Fitch destaca ainda que a paridade entre o escudo cabo-verdiano e o euro “tem suportado a estabilidade macroeconómica desde a sua implementação em 1998, reduzindo a inflação e a volatilidade das taxas de câmbio”.
Todavia, prossegue o relatório, “as pequenas dimensões do país, com apenas meio milhão de habitantes, tornam muito mais voláteis as previsões de crescimento do que quando comparado com os seus pares”.
A Fitch destaca ainda que, sendo Cabo Verde uma pequena economia “com falta de recursos naturais e exposta a défices alimentares e energéticos, o défice do país é estrutural apesar do peso das remessas dos emigrantes e das receitas geradas pelo turismo”.
-0- PANA CS/IZ 23fev2016