Aeroportos de Cabo Verde registam recorde de 2,7 milhões de passageiros
Praia, Cabo Verde (PANA) - Os aeroportos de Cabo Verde registaram um recorde histórico de mais de 2,7 milhões de passageiros em 2018, apesar de período em referencia ter-se registada uma redução de seis por cento do número de movimento de aeronaves, apurou a PANA de fonte segura na cidade da Praia.
Conforme o relatório e contas de 2018 da empresa pública Aeroportos e Segurança Aérea (ASA), que vai ser privatizada, este aumento significativo de passageiros fez disparar em 14 por cento o volume de negócios cifrado em quase 56 milhões de euros, no ano de 2018.
Embora, globalmente, o número de movimento de aeronaves nos aeroportos de Cabo Verde tenha descido para 34 mil 77 aparelhos, o número de passageiros aumentou dois por cento, face ao ano de 2017, chegando a dois milhões e 702 mil e 232.
A empresa destaca que o crescimento de 2018 foi impulsionado pelo tráfego internacional, que aumentou 5,7 por cento, enquanto o tráfego doméstico diminuiu 4,8 por cento, face ao ano de 2017.
“A redução verificada no mercado doméstico deveu-se ao ajustamento do mercado a apenas uma operadora. Durante o primeiro semestre de 2017, existiram duas operadoras, o que afetou negativamente o tráfego de passageiros no mercado doméstico em 2018", lê-se no relatório e contas da ASA, citado pela imprensa.
O mesmo documento refere que, também no ano de 2018, a FIR Oceânica do Sal de Cabo Verde, um serviço prestado pela ASA, controlou 51 mil e 694 movimentos de aeronaves, ou seja o maior número de sempre.
“Os sobrevoos na FIR Oceânica do Sal em 2018 totalizaram 51 mil 694 movimentos, sendo este o maior número de movimentos que se tem registado, com um crescimento de 14 por cento, em relação a 2017, beneficiando da conjuntura económica favorável que potencia a utilização do espaço aéreo de Cabo Verde pelas companhias aéreas nas suas rotas”, lê-se no relatório.
A FIR (região de informação de voo) corresponde a um espaço aéreo delimitado verticalmente a partir do nível médio do mar, sendo a do Sal, existente desde 1980, limitada lateralmente pelas de Dakar (Senegal), Canárias (Espanha) e Santa Maria (Açores, Portugal).
Os rendimentos da ASA com o setor da navegação aérea cresceram 19 por cento em 2018, face ao ano anterior, para dois mil e 945 milhões de escudos (26,6 milhões de euros), equivalentes a 43 por cento de todas as receitas da empresa.
O Centro de Controlo Oceânico do Sal funciona no Aeroporto Internacional Amílcar Cabral, na ilha do Sal, tendo sido inaugurado a 24 de junho de 2004.
Entretanto, o Governo cabo-verdiano prevê avançar, ainda no decurso deste ano, com o processo de concessão do serviço público aeroportuário, que implicará a privatização da gestão dos aeroportos, mantendo-se na alçada pública a navegação aérea.
A posição foi transmitida a 16 de outubro pelo ministro de Estado e da Presidência do Conselho de Ministros, Fernando Elísio Freire.
Na véspera, entre outros diplomas, o Conselho de Ministros aprovou o decreto-lei que estabelece as bases da concessão do serviço público aeroportuário, envolvendo os quatro aeroportos internacionais e três aeródromos que estão sob a gestão da empresa estatal ASA.
O objetivo da concessão, apontou, é aumentar o número de passageiros, o número de aviões e permitir a transformação de Cabo Verde numa plataforma de tráfego aéreo e numa zona comercial franca e de promoção de turismo de negócios.
-0- PANA CS/DD 14nov2019