Aeroportos cabo-verdianos com movimento recorde de 2,8 milhões de passageiros
Praia, Cabo Verde (PANA) - Os aeroportos cabo-verdianos registaram, em 2019, quase 2,8 milhões de passageiros, o que constitui um novo recorde histórico no setor de trafego aéreo, em Cabo Verde, apurou a PANA quarta-feira de fonte oficial.
De acordo com a informação constante de um boletim editado pela empresa pública Aeroportos e Segurança Aérea (ASA), este aumento foi motivado pelo crescimento do tráfego internacional, apesar da quebra nos movimentos domésticos.
No ano passado, os aeroportos cabo-verdianos movimentaram um total de 2.771.931 passageiros, o que corresponde a um aumento de 2,6 por cento em relação ao período homólogo de 2018, motivado pelo crescimento do tráfego internacional, em 7,3 por cento.
No sentido contrário, o movimento dos passageiros domésticos diminuiu 7,2 por cento, correspondente a menos 63.557 no espaço de um ano.
A quebra nas ligações domésticas é explicada pela saída da companhia estatal TACV dos voos domésticos, quando foi privatizada em março e transformada em Cabo Verde Airlines (CVA), passando a concentrar-se nos voos internacionais.
Até agosto último, quando alguns voos domésticos foram retomados pela CVA, as ligações entre as ilhas de Cabo Verde foram asseguradas exclusivamente pela companhia privada Binter.
Globalmente, os passageiros movimentados pelos aeroportos cabo-verdianos cresceram em 69.699, face aos 2.702.232 de 2018, que já tinham sido um recorde.
A ASA registou ainda 35.202 movimentos de aeronaves, em 2019, um aumento de 1.125 movimentos (3,3%) em relação ao mesmo período do ano anterior, influenciado pelo aumento de movimentos de aeronaves a nível internacional, que cresceu 10,8 por cento.
Nas ligações domésticas, o tráfego de aeronaves decresceu 4,4 por cento face a 2018.
Cabo Verde tem quatro aeroportos internacionais, nas ilhas de Santiago, do Sal, da Boa Vista e de São Vicente, e três aeródromos, nas ilhas de São Nicolau, Maio e Fogo.
Todas as infraestruturas aeroportuárias são operadas pela ASA, empresa totalmente detida pelo Estado cabo-verdiano e é detentora, desde 2014, de 100 por cento do capital social da CV Handling SA.
Entretanto, o Governo cabo-verdiano já anunciou que pretende avançar, ainda este ano, com o processo de concessão do serviço público aeroportuário, que implicará a privatização da gestão dos aeroportos, mantendo-se na alçada pública a navegação aérea.
Segundo o ministro de Estado e da Presidência do Conselho de Ministros, Fernando Elísio Freire, o objetivo da concessão passa por aumentar o número de passageiros, o número de aviões e permitir a transformação de Cabo Verde numa plataforma de tráfego aéreo e numa zona comercial franca e de promoção de turismo de negócios.
O Governo defendeu Cabo Verde como um país que pode e tem todas as condições para ser uma plataforma de tráfego aéreo complementado com uma zona franca comercial e com turismo de negócios, disse o governante.
-0- PANA CS/IZ 12fev2020