PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Advogados de defesa boicotam julgamento de militantes abolicionistas na Mauritânia
Nouakchott, Mauritânia (PANA) - Advogados da defesa boicotaram o julgamento de ativistas da Iniciativa do Movimento Abolicionista (IRA), uma Organização Não Governamental (ONG) antiesclavagista, anunciado para esta quinta-feira em Rosso, no sul do país, soube a PANA de fontes bem informadas.
"Os advogados não fizeram a viagem de Rosso para evitar tomar parte num simulacro de julgamento cujo veredito é já conhecido", explica de dia Hamdi Ould Lehbouss, conselheiro do presidente da IRA, Biram Ould Dah Ould Abeid.
Lehbouss referia-se ao julgamento de Biram Ould Dah Ould Abeid e de seus companheiros, devido a sua luta contra a escravidão na Mauritânia.
"As autoridades surpreenderam todo mundo ao decidirem abrir o julgamento dos militantes abolicionistas hoje. O que augura de uma justiça atabalhoada. Da nossa parte, também pensamos que os advogados de defesa não devem aceitar uma farsa depois de rejeitado o pedido do seu adiamento", indignou-se.
Frisou que este processo pode surpreender o mundo civilizado, acrescentando que "os militantes do nosso movimento são sempre vítimas deste tipo de métodos expeditos ".
Os militantes da IRA, nomeadamente o seu presidente, foram detidos a 11 de novembro último durante uma caravana organizada por um colectivo de ONG, denunciando "açambarcamento de terras e a escravidão fundiária" no sudoeste da Mauritânia.
Eles devem responder a uma série de acusações, entre as quais "a administração duma organização não autorizada, a perturbação da ordem pública, a promoção de discursos de caráter racista".
Biram Ould Dah Ould Abeida foi o candidato derrotado nas eleições presidenciais mauritanas de 21 de junho de 2014, tendo sido o laureado do Prémio da Organização das Nações Unidas (ONU) para os Direitos Humanos em 2013.
-0-PANA SAS/BEH/DIM/DD 18dez2014
"Os advogados não fizeram a viagem de Rosso para evitar tomar parte num simulacro de julgamento cujo veredito é já conhecido", explica de dia Hamdi Ould Lehbouss, conselheiro do presidente da IRA, Biram Ould Dah Ould Abeid.
Lehbouss referia-se ao julgamento de Biram Ould Dah Ould Abeid e de seus companheiros, devido a sua luta contra a escravidão na Mauritânia.
"As autoridades surpreenderam todo mundo ao decidirem abrir o julgamento dos militantes abolicionistas hoje. O que augura de uma justiça atabalhoada. Da nossa parte, também pensamos que os advogados de defesa não devem aceitar uma farsa depois de rejeitado o pedido do seu adiamento", indignou-se.
Frisou que este processo pode surpreender o mundo civilizado, acrescentando que "os militantes do nosso movimento são sempre vítimas deste tipo de métodos expeditos ".
Os militantes da IRA, nomeadamente o seu presidente, foram detidos a 11 de novembro último durante uma caravana organizada por um colectivo de ONG, denunciando "açambarcamento de terras e a escravidão fundiária" no sudoeste da Mauritânia.
Eles devem responder a uma série de acusações, entre as quais "a administração duma organização não autorizada, a perturbação da ordem pública, a promoção de discursos de caráter racista".
Biram Ould Dah Ould Abeida foi o candidato derrotado nas eleições presidenciais mauritanas de 21 de junho de 2014, tendo sido o laureado do Prémio da Organização das Nações Unidas (ONU) para os Direitos Humanos em 2013.
-0-PANA SAS/BEH/DIM/DD 18dez2014