PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Advogados da família de Sankara desejam atos concretos de Governo burkinabe
Ouagadougou, Burkina Faso (PANA) - Os advogados da família do defunto Presidente Thomas Sankara, morto em 1987 durante um golpe de estado, exortaram terça-feira as autoridades da transição a serem "concretas" enquanto o Governo decretou "a exumação e análise legista dos restos mortais" há alguns dias.
"As palavas devem dar lugar a atos concretos. As lentidões deste dossiê (Thomas Sankara) desolam-nos", deploraram, durante um briefing com a imprensa, os três advogados da família do pai da revolução burkinabe de 1983 a 1987.
Os advogados afirmaram que "a transição testa a sua credibilidade neste caso", acrescentando que "tomamos nota dos compromissos assumidos diante do povo do qual compreendemos a legitimidade preocupante na lentidão do tratamento do dossiê".
Relativamente às relações com as autoridades da transição neste dossiê, os advogados da família Sankara falam de "desconfiança". "As autoridades da transição assumiram compromissos publicamente. Estes compromissos constituem uma obrigação", afirmou o advogado Bénéwendé Stanislas Sankara (sem relação familiar com o Presidente Sankara).
Ele disse ter tido uma audiência com o primeiro-ministro e a ministra da Justiça a respeito do assunto. "O primeiro-ministro disse-nos que o caso será confiado o mais breve possível à justiça militar. Mas não quero passar por advogado destas autoridades".
O capitão Thomas Sankara, que chegou ao poder por um golpe de estado em 1983, foi morto quatro anos mais tarde após um golpe que levou Blaise Compaoré ao poder.
Desde 1997, a família do defunto Presidente pediu autorização sem sucesso às autoridades do antigo regime de Compaoré para exumar o túmulo suposto conter o corpo de Sankara.
A 4 de março corrente, o Governo de transição que lidera o país desde a destituição de Blaise Compaoré em finais de outubro de 2014 na sequência duma insurreição popular adotou um decreto relativo à autorização de exumação e de análise legista dos restos do líder revolucionário após a publicação dum comunicado da viúva de Sankara, desmentindo "qualquer acordo" com as novas autoridades neste caso.
Segundo os advogados da família Sankara, a exumação e a análise legista devem ser acompanhadas pelo processo judicial. "Além da identificação (do corpo) a família reclama pela verdade e pela justiça", sublinha o advogado Ambroise Farama.
"Os elementos obtidos da exumação devem servir para a continuação do dossiê", revelou o advogado Bénéwendé Stanislas Sankara.
-0- PANA NDT/BEH/MAR/TON 10março2015
"As palavas devem dar lugar a atos concretos. As lentidões deste dossiê (Thomas Sankara) desolam-nos", deploraram, durante um briefing com a imprensa, os três advogados da família do pai da revolução burkinabe de 1983 a 1987.
Os advogados afirmaram que "a transição testa a sua credibilidade neste caso", acrescentando que "tomamos nota dos compromissos assumidos diante do povo do qual compreendemos a legitimidade preocupante na lentidão do tratamento do dossiê".
Relativamente às relações com as autoridades da transição neste dossiê, os advogados da família Sankara falam de "desconfiança". "As autoridades da transição assumiram compromissos publicamente. Estes compromissos constituem uma obrigação", afirmou o advogado Bénéwendé Stanislas Sankara (sem relação familiar com o Presidente Sankara).
Ele disse ter tido uma audiência com o primeiro-ministro e a ministra da Justiça a respeito do assunto. "O primeiro-ministro disse-nos que o caso será confiado o mais breve possível à justiça militar. Mas não quero passar por advogado destas autoridades".
O capitão Thomas Sankara, que chegou ao poder por um golpe de estado em 1983, foi morto quatro anos mais tarde após um golpe que levou Blaise Compaoré ao poder.
Desde 1997, a família do defunto Presidente pediu autorização sem sucesso às autoridades do antigo regime de Compaoré para exumar o túmulo suposto conter o corpo de Sankara.
A 4 de março corrente, o Governo de transição que lidera o país desde a destituição de Blaise Compaoré em finais de outubro de 2014 na sequência duma insurreição popular adotou um decreto relativo à autorização de exumação e de análise legista dos restos do líder revolucionário após a publicação dum comunicado da viúva de Sankara, desmentindo "qualquer acordo" com as novas autoridades neste caso.
Segundo os advogados da família Sankara, a exumação e a análise legista devem ser acompanhadas pelo processo judicial. "Além da identificação (do corpo) a família reclama pela verdade e pela justiça", sublinha o advogado Ambroise Farama.
"Os elementos obtidos da exumação devem servir para a continuação do dossiê", revelou o advogado Bénéwendé Stanislas Sankara.
-0- PANA NDT/BEH/MAR/TON 10março2015