PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Adiada reunião de concertação de Argel sobre crise na Líbia
Tripoli, Líbia (PANA) - A reunião de concertação, que deveria realizar-se esta segunda-feira, na capital argelina, Argel, entre os protagonistas da crise na Líbia foi adiada para 23 e 24 deste mês a pedido das autoridades argelinas, revelou no fim de semana o jornal al-Wasat.
Segundo a mesma fonte, o adiamento da reunião permitirá dar tempo de convencer mais atores líbios e algumas personalidades a participar nela.
"O objetivo é ganhar mais tempo até à aceitação pelo maior número possível de atores da crise líbia do convite para participar na reunião inclusiva", afirmou o porta-voz do ex-chefe do Conselho Militar de Tripoli, Abdelhakim Belkhadj, citado pelo jornal.
A fonte considera que a Argélia está melhor colocada para desempenhar um papel de liderança na região para resolver a crise líbia, nomeadamente em virtude da sua posição de rejeição da intervenção militar estrangeira na Líbia, como sucedeu contra NATO em 2011.
Segundo Belkhadj, os partidários do Parlamento baseado em Tobrouk manifestaram reservas à iniciativa na Argélia, enquanto as regiões fronteiriças com o Egito pendem para a iniciativa egípcia e as zonas das fronteiras com a Argélia e a Tunísia apoiam os bons ofícios da Argélia.
Na interpretação do jornal al-Wasat, a Líbia é hoje objeto de uma luta de influência entre as potências sub-regionais.
Até então esta batalha vinha a ser travada entre o eixo da Arábia Saudita, dos Emirados Árabes Unidos e do Egito, e o integrado pelo Qatar, pelo Sudão e pela Turquia, antes de surgir agora a Argélia e o Egito a disputarem individualmente o papel de mediação na Líbia.
Entre as figuras a serem abordadas para participarem no encontro de Argel, figura Gueddaf al-Dam, primo do falecido líder líbio, Muamar Gadafi, e antigo responsável do seu regime que vive atualmente exílio no Egito.
Todavia, de acordo com esta fonte, este antigo responsável líbio ainda não recebeu o sinal verde por parte de Argel para entrar no país e juntar-se aos outros protagonistas.
Altos responsáveis militares do antigo regime de Kadafi, tais como o general Ali Kenna, poderão fazer parte dos principais participantes nas conversações patrocinadas pela Argélia.
Estes esforços de mediação surgem numa altura em que França manifestou a sua intenção de mobilizar a comunidade internacional para formar uma aliança na perspetiva de uma intervenção na Líbia para a salvar os civis e contrariar o terrorismo em expansão no país.
O ministro francês da Defesa, Jean-Yves Le Drian, prevê uma visita aos Emirados Árabes Unidos, onde França tem uma base militar, e no Egito, enquanto o chefe do Estado-Maior do Exército francês, general Pierre de Villiers, começou sábado uma visita de três dias à Argélia.
-0- PANA BY/DIM/IZ 15set2014
Segundo a mesma fonte, o adiamento da reunião permitirá dar tempo de convencer mais atores líbios e algumas personalidades a participar nela.
"O objetivo é ganhar mais tempo até à aceitação pelo maior número possível de atores da crise líbia do convite para participar na reunião inclusiva", afirmou o porta-voz do ex-chefe do Conselho Militar de Tripoli, Abdelhakim Belkhadj, citado pelo jornal.
A fonte considera que a Argélia está melhor colocada para desempenhar um papel de liderança na região para resolver a crise líbia, nomeadamente em virtude da sua posição de rejeição da intervenção militar estrangeira na Líbia, como sucedeu contra NATO em 2011.
Segundo Belkhadj, os partidários do Parlamento baseado em Tobrouk manifestaram reservas à iniciativa na Argélia, enquanto as regiões fronteiriças com o Egito pendem para a iniciativa egípcia e as zonas das fronteiras com a Argélia e a Tunísia apoiam os bons ofícios da Argélia.
Na interpretação do jornal al-Wasat, a Líbia é hoje objeto de uma luta de influência entre as potências sub-regionais.
Até então esta batalha vinha a ser travada entre o eixo da Arábia Saudita, dos Emirados Árabes Unidos e do Egito, e o integrado pelo Qatar, pelo Sudão e pela Turquia, antes de surgir agora a Argélia e o Egito a disputarem individualmente o papel de mediação na Líbia.
Entre as figuras a serem abordadas para participarem no encontro de Argel, figura Gueddaf al-Dam, primo do falecido líder líbio, Muamar Gadafi, e antigo responsável do seu regime que vive atualmente exílio no Egito.
Todavia, de acordo com esta fonte, este antigo responsável líbio ainda não recebeu o sinal verde por parte de Argel para entrar no país e juntar-se aos outros protagonistas.
Altos responsáveis militares do antigo regime de Kadafi, tais como o general Ali Kenna, poderão fazer parte dos principais participantes nas conversações patrocinadas pela Argélia.
Estes esforços de mediação surgem numa altura em que França manifestou a sua intenção de mobilizar a comunidade internacional para formar uma aliança na perspetiva de uma intervenção na Líbia para a salvar os civis e contrariar o terrorismo em expansão no país.
O ministro francês da Defesa, Jean-Yves Le Drian, prevê uma visita aos Emirados Árabes Unidos, onde França tem uma base militar, e no Egito, enquanto o chefe do Estado-Maior do Exército francês, general Pierre de Villiers, começou sábado uma visita de três dias à Argélia.
-0- PANA BY/DIM/IZ 15set2014