Acordo entre ex-Presidente e capitão golpista sob mediação de religiososo no Burkina Faso
Ouagadougou, Burkina Faso (PANA) - Os líderes das comunidades religiosas e consuetudinárias que mediaram entre o tenente-coronel Paul-Henri Sandaogo Damiba e o capitão Ibrahim Traoré, que o derrubou sexta-feira, disseram num comunicado no domingo que foi alcançado um acordo entre os beligerantes.
“Na sequência das ações de mediação realizadas pelas referidas comunidades, o próprio Presidente Paul-Henri Sandaogo Damiba propôs a sua demissão para evitar confrontos com graves consequências humanas e materiais”, escreveram as comunidades religiosas e consuetudinárias.
A declaração assinada por Ouidi Naaba Kiiba em nome da comunidade consuetudinária, El Hadj Moussa Koanda, Presidente da Federação das Associações Islâmicas de Burkina (FAIB) e Pastor Henri Yé, Presidente da Federação de Igrejas e Missões Evangélicas (FEME) e Cardeal Philippe Ouédraogo da Igreja Católica, no entanto, aponta que o . Damiba estabeleceu sete (7) condições.
Trata-se da continuação das actividades operacionais no terreno, da garantia da segurança e da não prossecução das Forças de Defesa que a ela engajam e da continuação do reforço da coesão no seio das Forças Armadas Nacionais.
Salientou ainda a continuação da reconciliação nacional, o respeito dos compromissos assumidos com a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), a continuação da reforma do Estado e a garantia da sua segurança e dos seus direitos, bem como os de seus colaboradores.
"O Presidente do Movimento Patriótico de Salvaguarda e Restauro (MPSR), Capitão Ibrahim Traoré aceitou estas sete condições", indicaram as autoridades costumeiras e religiosas que convidaram a população à calma, contenção e oração pela paz.
O capitão Ibrahim Traoré vai garantirá o encaminhamento dos assuntos correntes do Estado até a posse do novo presidente designado pelas forças vivas da Nação, declarou domingo, um de seus homens nas antenas da televisão pública (RTB).
"O capitão Ibrahim Traoré está no comando dos negócios cotidianos do Estado até que o presidente do Faso, nomeado pelas forças vivas da nação, seja empossado", disse o capitão Sorgho.
-0- PANA TNDD/IS/MAR 03outubro2022