PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Acesso ao crédito principal constrangimento do empresariado em Cabo Verde
Praia, Cabo Verde (PANA) – A Câmara de Comércio, Indústria e Serviços de Sotavento (CCISS), entidade que reúne o empresariado da região sul do arquipélago de Cabo Verde, aponta a dificuldade de acesso ao crédito como o principal constrangimento do setor privado nacional, apurou a PANA de fonte da instituição.
Com o propósito de melhor informar aos agentes económicos sobre esta problemática e as vias de a ultrapassar, a CCISS, em parceria com a Sociedade de Informação de Crédito-SA (CreditInfo), levaram a cabo na cidade da Praia, um ateliê sobre o sistema financeiro, onde a facilitação do crédito tem sido apontada “ciclicamente” pelas institucionais nacionais e internacionais, como os "maiores constrangimentos" do setor empresarial privado.
Segundo o secretário-geral da CCISS, Amílcar Monteiro, Cabo Verde, em termos de desenvolvimento do mercado financeiro, encontra-se na posição 121 do Doing Businesss, o que, disse, demonstra que há muito trabalho a fazer, principalmente em termos de maior participação das entidades extrabancos no financiamengo da atividade privada.
É que, de acordo com Amílcar Monteiro, 98 porcento dos ativos financeiros no arquipélago são detidos pelos bancos, com os dois maiores bancos a deter 70 porcento do crédito e com uma alta concentração em termos de negócios no setor imobiliário.
“Cabo Verde é um mercado pequeno com um número de crédito concedido reduzido e apresenta diversos constrangimentos para a viabilização de parceiros externos para atrair investimentos”, anotou.
Mesmo assim, disse que, a nível da sub-região, Cabo Verde é superado somente pelo Gana, mas que, em termos de fatores de financiamento de negócios, somente lidera no quesito de cumprimento dos contratos assinados.
“De resto, perdemos para os restantes países e na situação do acesso ao crédito para micro e pequenas empresas estamos com muitas dificuldades, principalmente em termos de serviços bancários”, frisou.
Neste sentido, o encontro promovido pela CCISS teve como finalidade analisar temas como o “Impacto de um Credit Bureau privado”, e a “Racionalização da oferta de Credito em Cabo Verde através da automatização do processo de concessão de crédito baseada no acesso à informação positiva e fiável sobre o cliente”.
Os participantes debateram ainda temas como o “Impacto do projeto sobre o risco do credor no mercado cabo-verdiano”, “A possibilidade de concessão de crédito de forma automática por operadores não financeiros”, e “O impacto da implementação de um Credit Bureau privado sobre a classificação internacional do ambiente de negócios cabo-verdiano”.
O imperativo de manter critérios rigorosos de avaliação de risco num mercado de crédito em expansão sob pena de comprometer a solidez financeira do sistema, constituiu também tema de debate.
A CCISS, que conta com 700 associados registados, diz-se empenhada em posicionar-se como um parceiro do Governo no desenvolvimento económico, na facilitação de negócios e na atração do investimento externo para o país.
-0- PANA CS/IZ 17jul2014
Com o propósito de melhor informar aos agentes económicos sobre esta problemática e as vias de a ultrapassar, a CCISS, em parceria com a Sociedade de Informação de Crédito-SA (CreditInfo), levaram a cabo na cidade da Praia, um ateliê sobre o sistema financeiro, onde a facilitação do crédito tem sido apontada “ciclicamente” pelas institucionais nacionais e internacionais, como os "maiores constrangimentos" do setor empresarial privado.
Segundo o secretário-geral da CCISS, Amílcar Monteiro, Cabo Verde, em termos de desenvolvimento do mercado financeiro, encontra-se na posição 121 do Doing Businesss, o que, disse, demonstra que há muito trabalho a fazer, principalmente em termos de maior participação das entidades extrabancos no financiamengo da atividade privada.
É que, de acordo com Amílcar Monteiro, 98 porcento dos ativos financeiros no arquipélago são detidos pelos bancos, com os dois maiores bancos a deter 70 porcento do crédito e com uma alta concentração em termos de negócios no setor imobiliário.
“Cabo Verde é um mercado pequeno com um número de crédito concedido reduzido e apresenta diversos constrangimentos para a viabilização de parceiros externos para atrair investimentos”, anotou.
Mesmo assim, disse que, a nível da sub-região, Cabo Verde é superado somente pelo Gana, mas que, em termos de fatores de financiamento de negócios, somente lidera no quesito de cumprimento dos contratos assinados.
“De resto, perdemos para os restantes países e na situação do acesso ao crédito para micro e pequenas empresas estamos com muitas dificuldades, principalmente em termos de serviços bancários”, frisou.
Neste sentido, o encontro promovido pela CCISS teve como finalidade analisar temas como o “Impacto de um Credit Bureau privado”, e a “Racionalização da oferta de Credito em Cabo Verde através da automatização do processo de concessão de crédito baseada no acesso à informação positiva e fiável sobre o cliente”.
Os participantes debateram ainda temas como o “Impacto do projeto sobre o risco do credor no mercado cabo-verdiano”, “A possibilidade de concessão de crédito de forma automática por operadores não financeiros”, e “O impacto da implementação de um Credit Bureau privado sobre a classificação internacional do ambiente de negócios cabo-verdiano”.
O imperativo de manter critérios rigorosos de avaliação de risco num mercado de crédito em expansão sob pena de comprometer a solidez financeira do sistema, constituiu também tema de debate.
A CCISS, que conta com 700 associados registados, diz-se empenhada em posicionar-se como um parceiro do Governo no desenvolvimento económico, na facilitação de negócios e na atração do investimento externo para o país.
-0- PANA CS/IZ 17jul2014