AI' quer fim de "uso excessivo" de violência pela junta no poder na Guiné
Conakry, Guiné (PANA) - A Amnistia Internacional (AI) apelou terça-feira à junta no poder na Guiné, desde a 5 de setembro de 2021 para pôr fim ao "uso excessivo" da violência para reprimir manifestações locais, soube a PANA de fonte seguro.
"As autoridades guineenses devem acabar com o uso excessivo da força em resposta às manifestações de grande envergadura, incluindo a ocorrida quinta-feira última, 28, e sexta-feira 29, de julho, e que resultou na morte de cinco pessoas", declarou a AI num comunicado de imprensa que cita Fabien Offner, pesquisador do Escritório da AI para a África Ocidental e Central.
Por causa das manifestações contra "a recusa da junta de dialogar sobre o regresso à ordem constitucional no país, dois altos funcionários da Frente Nacional para Democracia Cidadã (FNDC), designadamente o coordenador Oumar Sylla "Foninke Mengue" e Ibrahima Diallo, chefe de Operações, presos e inculpados, e depois encarcerados na Prisão Central de Conakry por "perturbar a ordem pública, violência e destruição de bens privadas e públicas."
A AI pede, à semelhança da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) e de outras instituições internacionais, a "sua libertação imediata e incondicional” bem como o abandono do processo instaurado contra eles.
Segundo testemunhos recolhidos e documentados, escreve a Organização Não Governamental (ONG), a polícia disparou com balas reais contra manifestantes que protestavam nas ruas de Conakry.
O Governo disse ter registado a morte de cinco pessoas, garantindp que as investigações estão em andamento para determinar as causas exatas destas mortes.
“É proibido o uso de armas de fogo, exceto em casos de perigo iminente de morte ou lesão grave (…) As autoridades devem igualmente conduzir investigações eficazes, processar e julgar os suspeitos através de julgamentos justos perante tribunais competentes, independentes e imparciais”, sublinhou a ONG.
Perante o mesmo pedido formulado, no início desta semana, pelo G5, composto pelas Nações Unidas, a União Europeia, a CEDEAO, a França e os Estados Unidos, a ministra guineense dos Negócios Estrangeiros, Morissanda Kouyaté, indicou que "não ensinamos um país como a Guiné, que se preocupa em respeitar os direitos humanos, a empreender investigações sobre os eventos que causaram vítimas.
-0- PANA AC/JSG/MAR/DD 3agosto2022