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Agência Panafricana de Notícias
AFREXIMBANCK promete apoio para transformar estrutura económica de Cabo Verde
Praia, Cabo Verde (PANA) – O presidente do Banco Africano de Importação e Exportação (AFREXIMBANCK), Benedict Okey Orama, manifestou, segunda-feira, na cidade de Santa Maria, na ilha cabo-verdiana do Sal, a disponibilidade da sua instituição em apoiar as ações e projetos do Governo cabo-verdiano, visando transformar a estrutura económica do país.
Falando na abertura da 17ª edição do Seminário do AFREXIMBANCK, que decorre durante três dias, naquele que é o principal centro turístico do arquipélago, Benedict Okey Oramah prometeu que “o banco quer apoiar na mobilização de recursos técnicos, financeiros e parcerias necessárias para a implementação de projetos e iniciativas, visando transformar a estrutura económica” de Cabo Verde.
O presidente do AFREXIMBANCK, que falava na presença do primeiro-ministro cabo-verdiano Ulisses Correia e Silva, que presidiu ao ato de abertura do seminário, assinalou que, na atual economia globalizada, a falta de recursos naturais e de terra arável “não pode ser justificativa” para a falta de crescimento.
Ele exemplificou com os casos da Singapura, do Dubai e das Maurícias, países que têm mostrado como os serviços, a indústria, entre outros, podem transformar as pequenas ilhas.
Conforme Benedict Okey Oramah, Singapura, por exemplo, é um país menor do que São Tomé e Príncipe. No entanto, está entre as 20 maiores economias do mundo.
“Se é possível noutros sítios, é possível em África e aqui em Cabo Verde”, disse, manifestando satisfação por verificar que o Governo do arquipélago “está a tomar medidas ousadas” para transformar a estrutura económica do país.
“Espero que os conhecimentos e troca de experiência neste evento possam contribuir para melhorar as nossas habilidades de finanças, construir grandes laços e relações pan-africanas fortes, entre África e o resto do mundo”, anotou.
Por sua vez, o primeiro-ministro cabo-verdiano, Ulisses Correia e Silva, asseverou que o Governo quer transformar Cabo Verde num país atrativo para viver, residir, investir e visitar, e também numa plataforma entre África, América e Europa.
Ulisses Correia e Silva considerou que o debate que se vai realizar nos próximos dias, sob o tema financiamento estruturado do comércio, é de “extrema” importância para o futuro de África, que se quer de desenvolvimento inclusivo e mais acelerado.
O governante sublinha ainda que este evento marca um novo momento de relacionamento entre Cabo Verde e o AFREXIMBANCK, enquanto principal instituição de financiamento do comércio em África.
“Consideramos fundamental que os nossos países ganhem capacidade competitiva para exportar bens e serviços para o resto do mundo, bens e serviços com valor acrescentado, de inovação, mão-de-obra qualificada e de tecnologia aplicável também às communities. É imperioso que a contribuição de África para o comércio mundial aumente, porque representa apenas 2,4 porcento”, frisou.
No caso do seu país, Ulisses Correia e Silva assinalou que é “importante”, para um pequeno Estado como Cabo Verde, ultrapassar as limitações da sua dimensão populacional, enquanto mercado interno pequeno e da sua capacidade interna de financiamento.
“O mercado nós sabemos como fazer crescer. O turismo é uma forma de fazer crescer o mercado interno, exportando aqui dentro, mas a plataforma aérea, marítima, industrial, comercial e financeira, digital (…) também são formas de acesso ao mercado externo, para que a visualização da economia de Cabo Verde possa ser vista num mercado muito mais vasto”, referiu.
Ulisses Correia e Silva destacou também na sua intervenção o baixo nível das ligações de transportes entre os países africanos, nomeadamente as ligações aéreas e marítimas.
“Seguramente, deverão ter sentido dificuldades em chegar a Cabo Verde (…) e estamos aqui tão próximos do continente”, observou, informando que, no domínio aéreo, Cabo Verde está num processo de construção de um “hub” que irá ligar África com o resto do mundo, a partir da ilha do Sal.
“Cabo Verde quer contar também com suporte financeiro do AFREXIMBANCK nesta empreitada ao serviço do continente e das suas gentes”, apelou, reiterando que, além das ligações aéreas, Cabo Verde precisa também de ligação marítima com o continente.
Este seminário, que visa fortalecer a capacidade das partes interessadas do Afreximbank na compreensão do comércio internacional e questões de financiamento de projetos relacionados ao comércio, reúne cerca de 200 participantes, entre especialistas das principais instituições financeiras e empresas africanas.
O encontro conta também com a participação de representantes dos principais reguladores de serviços financeiros a nível mundial.
O Afreximbank foi estabelecido em Abuja, na Nigéria, em 1993, por governos africanos, investidores privados e instituições financeiras africanas e não-africanas, com o objetivo de financiar, promover e expandir o comércio intra-africano e extra-africano.
-0- PANA CS/IZ 07nov2017
Falando na abertura da 17ª edição do Seminário do AFREXIMBANCK, que decorre durante três dias, naquele que é o principal centro turístico do arquipélago, Benedict Okey Oramah prometeu que “o banco quer apoiar na mobilização de recursos técnicos, financeiros e parcerias necessárias para a implementação de projetos e iniciativas, visando transformar a estrutura económica” de Cabo Verde.
O presidente do AFREXIMBANCK, que falava na presença do primeiro-ministro cabo-verdiano Ulisses Correia e Silva, que presidiu ao ato de abertura do seminário, assinalou que, na atual economia globalizada, a falta de recursos naturais e de terra arável “não pode ser justificativa” para a falta de crescimento.
Ele exemplificou com os casos da Singapura, do Dubai e das Maurícias, países que têm mostrado como os serviços, a indústria, entre outros, podem transformar as pequenas ilhas.
Conforme Benedict Okey Oramah, Singapura, por exemplo, é um país menor do que São Tomé e Príncipe. No entanto, está entre as 20 maiores economias do mundo.
“Se é possível noutros sítios, é possível em África e aqui em Cabo Verde”, disse, manifestando satisfação por verificar que o Governo do arquipélago “está a tomar medidas ousadas” para transformar a estrutura económica do país.
“Espero que os conhecimentos e troca de experiência neste evento possam contribuir para melhorar as nossas habilidades de finanças, construir grandes laços e relações pan-africanas fortes, entre África e o resto do mundo”, anotou.
Por sua vez, o primeiro-ministro cabo-verdiano, Ulisses Correia e Silva, asseverou que o Governo quer transformar Cabo Verde num país atrativo para viver, residir, investir e visitar, e também numa plataforma entre África, América e Europa.
Ulisses Correia e Silva considerou que o debate que se vai realizar nos próximos dias, sob o tema financiamento estruturado do comércio, é de “extrema” importância para o futuro de África, que se quer de desenvolvimento inclusivo e mais acelerado.
O governante sublinha ainda que este evento marca um novo momento de relacionamento entre Cabo Verde e o AFREXIMBANCK, enquanto principal instituição de financiamento do comércio em África.
“Consideramos fundamental que os nossos países ganhem capacidade competitiva para exportar bens e serviços para o resto do mundo, bens e serviços com valor acrescentado, de inovação, mão-de-obra qualificada e de tecnologia aplicável também às communities. É imperioso que a contribuição de África para o comércio mundial aumente, porque representa apenas 2,4 porcento”, frisou.
No caso do seu país, Ulisses Correia e Silva assinalou que é “importante”, para um pequeno Estado como Cabo Verde, ultrapassar as limitações da sua dimensão populacional, enquanto mercado interno pequeno e da sua capacidade interna de financiamento.
“O mercado nós sabemos como fazer crescer. O turismo é uma forma de fazer crescer o mercado interno, exportando aqui dentro, mas a plataforma aérea, marítima, industrial, comercial e financeira, digital (…) também são formas de acesso ao mercado externo, para que a visualização da economia de Cabo Verde possa ser vista num mercado muito mais vasto”, referiu.
Ulisses Correia e Silva destacou também na sua intervenção o baixo nível das ligações de transportes entre os países africanos, nomeadamente as ligações aéreas e marítimas.
“Seguramente, deverão ter sentido dificuldades em chegar a Cabo Verde (…) e estamos aqui tão próximos do continente”, observou, informando que, no domínio aéreo, Cabo Verde está num processo de construção de um “hub” que irá ligar África com o resto do mundo, a partir da ilha do Sal.
“Cabo Verde quer contar também com suporte financeiro do AFREXIMBANCK nesta empreitada ao serviço do continente e das suas gentes”, apelou, reiterando que, além das ligações aéreas, Cabo Verde precisa também de ligação marítima com o continente.
Este seminário, que visa fortalecer a capacidade das partes interessadas do Afreximbank na compreensão do comércio internacional e questões de financiamento de projetos relacionados ao comércio, reúne cerca de 200 participantes, entre especialistas das principais instituições financeiras e empresas africanas.
O encontro conta também com a participação de representantes dos principais reguladores de serviços financeiros a nível mundial.
O Afreximbank foi estabelecido em Abuja, na Nigéria, em 1993, por governos africanos, investidores privados e instituições financeiras africanas e não-africanas, com o objetivo de financiar, promover e expandir o comércio intra-africano e extra-africano.
-0- PANA CS/IZ 07nov2017