PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
ACT denuncia branqueamento do dinheiro do tabaco em África
Paris- França (PANA) -- O presidente da Aliança Contra o Tabaco (ACT), Yves Martinet, denunciou em Paris o "branqueamento moral" do dinheiro do tabaco efectuado em África pelos fabricantes ao consagrar uma parte dos seus rendimentos a obras sociais.
"No Ocidente, as indústrias do tabaco tomam precauções nas suas actividades, o que não é o caso em África onde elas se dedicam ao que eu qualificaria de 'branqueamento moral'.
Com o dinheiro do tabaco, as companhias financiam obras sociais, sanitárias ou patrocinam clubes desportivos para ter uma boa consciência e continuar as suas práticas", declarou.
Durante uma entrevista à PANA, Martinet criticou igualmente o contrabando praticado pelas próprias indústrias do tabaco a fim de vender ainda menos caro os seus produtos bem como a venda de cigarros às pessoas que não têm suficientes recursos.
"Qualquer dinheiro ganho desta maneira não se vê e o dinheiro que não se vê serve para corromper pois as indústrias do tabaco utilizam muito a corrupção para se instalar num país", afirmou o responsável da ACT.
Martinet indicou que os danos do tabaco são ao mesmo tempo sanitários, ecológicos e económicos.
Ao tomar o exemplo do Malawi, primeiro país produtor de tabaco em África e terceiro no mundo, Martinet estimou que é a indústria do tabaco que leva a população a cultivá-lo em detrimento da cultura de produtos alimentares.
"Isto provoca a destruição do solo, a desflorestação e a fome.
A cultura do tabaco contribuiu para empobrecer cada vez mais o Malawi e foi um dos factores da fome que este país registou", declarou.
A Aliança Contra o Tabaco, uma coligação de 30 associações francesas, organizou segunda e terça-feiras últimas em Paris uma mesa redonda internacional sobre o controlo do tabaco em que participaram vários representantes da sociedade civil africana.
"No Ocidente, as indústrias do tabaco tomam precauções nas suas actividades, o que não é o caso em África onde elas se dedicam ao que eu qualificaria de 'branqueamento moral'.
Com o dinheiro do tabaco, as companhias financiam obras sociais, sanitárias ou patrocinam clubes desportivos para ter uma boa consciência e continuar as suas práticas", declarou.
Durante uma entrevista à PANA, Martinet criticou igualmente o contrabando praticado pelas próprias indústrias do tabaco a fim de vender ainda menos caro os seus produtos bem como a venda de cigarros às pessoas que não têm suficientes recursos.
"Qualquer dinheiro ganho desta maneira não se vê e o dinheiro que não se vê serve para corromper pois as indústrias do tabaco utilizam muito a corrupção para se instalar num país", afirmou o responsável da ACT.
Martinet indicou que os danos do tabaco são ao mesmo tempo sanitários, ecológicos e económicos.
Ao tomar o exemplo do Malawi, primeiro país produtor de tabaco em África e terceiro no mundo, Martinet estimou que é a indústria do tabaco que leva a população a cultivá-lo em detrimento da cultura de produtos alimentares.
"Isto provoca a destruição do solo, a desflorestação e a fome.
A cultura do tabaco contribuiu para empobrecer cada vez mais o Malawi e foi um dos factores da fome que este país registou", declarou.
A Aliança Contra o Tabaco, uma coligação de 30 associações francesas, organizou segunda e terça-feiras últimas em Paris uma mesa redonda internacional sobre o controlo do tabaco em que participaram vários representantes da sociedade civil africana.