PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
ACNUR repatria 66 mil refugiados burundeses
Bujumbura- Burundi (PANA) -- O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) em Bujumbura anunciou, quinta-feira, que pretendeia repatriar, por grupos sucessivos e a seu pedido, 66 mil Burundeses refugiados na Tanzânia, a partir de Abril de 2009.
Esta lista acrescenta-se aos de cerca de 400 mil Burundeses que o ACNUR já repatriou, principalmente da Tanzânia, de 2002 até agora.
Todas estas pessoas fugiram por grupos sucessivos das guerras cívicas cíclicas que o Burundi registou desde os anos 70.
Entre meados de Abril e Outubro de 2009, pelo menos 25 mil refugiados burundeses de 1972 vão regressar à pátria, precisa um comunicado do ACNUR chegado à PANA em Bujumbura.
A Tanzânia anunciou recentemente a naturalização definitiva de mais de 172 mil dos 200 mil refugiados burundeses de 1972, a seu pedido.
Quinhentos destes refugiados de longa data conseguiram emigrar para os Estados Unidos, no ano passado, indica o ACNUR, que dá conta duma outra série de repatriamentos abrangendo, desta vez, 41 mil refugiados da segunda grande guerra civil dos anos 90 no Burundi onde a paz e a segurança estão a voltar progressivamente.
Para enfrentar os grandes desafios da reinserção dos refugiados de longa data na sociedade burundesa, o ACNUR encoraja a população e as autoridades locais a apoiar o seu regresso, sublinhando a importância das soluções aos problemas fundiários, já que um maior número de repatriados não terá acesso imediato à terra.
Os conflitos fundiários já representavam mais de 80 por cento dos litígios suspensos nos Tribunais num país de menos de 29 mil quilómetros quadrados onde se aglitunam mais de oito milhões 100 mil cidadãos cuja principal actividade continua a ser a agricultura de sobrevivência.
O repatriamento intensivo dos refugiados, exacerbou, por outro lado, os conflitos fundiários, fazendo pairar uma série ameaça à paz social por ajustamentos de contas às vezes mortais, segundo a imprensa local e os defensores dos direitos humanos.
Para o ACNUR, a solução aos problemas fundiários depende antes do compromisso da sociedade civil, das autoridades locais e da Comissão Nacional das Terras e Outros Bens.
Centros de alojamento temporário foram construídos pelo ACNUR nas províncias do sul do Burundi que acolhem o maior número de repatriados de longa data, e albergarão, por tempo limitado, os repatriados que encontram as suas terras já ocupadas, precisa a agência onusina.
Por outro lado, o ACNUR vai contribuir, em colaboração com o Governo burundês e com as agências das Nações Unidas, para a instalação de "aldeias" inteiras para os repatriados de longa data que não encontrarão as suas terras, conclui o comunicado.
Esta lista acrescenta-se aos de cerca de 400 mil Burundeses que o ACNUR já repatriou, principalmente da Tanzânia, de 2002 até agora.
Todas estas pessoas fugiram por grupos sucessivos das guerras cívicas cíclicas que o Burundi registou desde os anos 70.
Entre meados de Abril e Outubro de 2009, pelo menos 25 mil refugiados burundeses de 1972 vão regressar à pátria, precisa um comunicado do ACNUR chegado à PANA em Bujumbura.
A Tanzânia anunciou recentemente a naturalização definitiva de mais de 172 mil dos 200 mil refugiados burundeses de 1972, a seu pedido.
Quinhentos destes refugiados de longa data conseguiram emigrar para os Estados Unidos, no ano passado, indica o ACNUR, que dá conta duma outra série de repatriamentos abrangendo, desta vez, 41 mil refugiados da segunda grande guerra civil dos anos 90 no Burundi onde a paz e a segurança estão a voltar progressivamente.
Para enfrentar os grandes desafios da reinserção dos refugiados de longa data na sociedade burundesa, o ACNUR encoraja a população e as autoridades locais a apoiar o seu regresso, sublinhando a importância das soluções aos problemas fundiários, já que um maior número de repatriados não terá acesso imediato à terra.
Os conflitos fundiários já representavam mais de 80 por cento dos litígios suspensos nos Tribunais num país de menos de 29 mil quilómetros quadrados onde se aglitunam mais de oito milhões 100 mil cidadãos cuja principal actividade continua a ser a agricultura de sobrevivência.
O repatriamento intensivo dos refugiados, exacerbou, por outro lado, os conflitos fundiários, fazendo pairar uma série ameaça à paz social por ajustamentos de contas às vezes mortais, segundo a imprensa local e os defensores dos direitos humanos.
Para o ACNUR, a solução aos problemas fundiários depende antes do compromisso da sociedade civil, das autoridades locais e da Comissão Nacional das Terras e Outros Bens.
Centros de alojamento temporário foram construídos pelo ACNUR nas províncias do sul do Burundi que acolhem o maior número de repatriados de longa data, e albergarão, por tempo limitado, os repatriados que encontram as suas terras já ocupadas, precisa a agência onusina.
Por outro lado, o ACNUR vai contribuir, em colaboração com o Governo burundês e com as agências das Nações Unidas, para a instalação de "aldeias" inteiras para os repatriados de longa data que não encontrarão as suas terras, conclui o comunicado.