PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
ACNUR preocupado por êxodo no Mali
Nova Iorque, Estados Unidos (PANA) - O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) declarou-se "profundamente preocupado" pela degradação da situação política e de segurança no Mali, onde milhares de pessoas continuam a fugir das suas casas devido a combates entre as forças governamentais e os rebeldes tuaregues no norte do país.
"O norte do país torna-se cada vez mais perigoso devido à proliferação de grupos armados na região", declarou a porta-voz do ACNUR, Melissa Fleming, num comunicado chegado à PANA quarta-feira em Nova Iorque.
Segundo a nota, mais de duas mil pessoas refugiaram-se no Burkina Faso e na Mauritânia nos últimos cinco dias devido à insegurança e à instabilidade política engendradas pelo golpe de Estado militar.
A maioria destes refugiados, prossegue o documento, são Tuaregues, mas incluem também Peuls, Árabes e Bambaras.
No documento, Melissa Fleming explica que os refugiados que afluem aos países vizinhos do Mali falam da presença de milícias armadas e de unidades de guardas locais instauradas pelas comunidades locais para se defender.
A maioria (dos refugiados) declarou ao pessoal do ACNUR que fugiram por recearem ataques de bandidos armados e a intensificação de combates no norte, enquanto outros disseram terem partido porque já não achavam alimentos nas suas aldeias, indica Fleming.
"Outros disseram às nossas equipas que eles decidiram deixar o Mali quando as esperanças de uma paz negociada entre o Governo e os rebeldes tuaregues no norte se esfumaram após o golpe de Estado", acrescentou a porta-voz.
Neste contexto, continuou, o ACNUR reforçou a sua assistência aos refugiados malianos na região do Sahel que está confrontada com penúrias graves de água e alimentos.
"Os combatentes tuaregues tomaram várias grandes cidades no norte a semana passada, impedindo o acesso do ACNUR e de outras agências humanitárias aos que necessitam de assistência.
"O ACNUR convida todas as partes a abster-se de qualquer ação que possa perigar a vida das populações em fuga ou entravar as suas deslocações para zonas mais seguras", indicou a porta-voz do ACNUR.
A retomada dos combates no norte do Mali deslocou mais de 200 mil pessoas desde janeiro passado, tendo a maioria fugido para os países vizinhos para além de 93 mil outros que provavelmente deslocaram no interior do país.
O Mali está confrontado com as consequências de um golpe de Estado perpetrado por militares que tomaram o controlo do país há 10 dias e anunciaram a dissolução do Governo do Presidente Amadou Toumani Touré.
-0- PANA AA/SEG/FJG/JSG/MAR/IZ 05abril2012
"O norte do país torna-se cada vez mais perigoso devido à proliferação de grupos armados na região", declarou a porta-voz do ACNUR, Melissa Fleming, num comunicado chegado à PANA quarta-feira em Nova Iorque.
Segundo a nota, mais de duas mil pessoas refugiaram-se no Burkina Faso e na Mauritânia nos últimos cinco dias devido à insegurança e à instabilidade política engendradas pelo golpe de Estado militar.
A maioria destes refugiados, prossegue o documento, são Tuaregues, mas incluem também Peuls, Árabes e Bambaras.
No documento, Melissa Fleming explica que os refugiados que afluem aos países vizinhos do Mali falam da presença de milícias armadas e de unidades de guardas locais instauradas pelas comunidades locais para se defender.
A maioria (dos refugiados) declarou ao pessoal do ACNUR que fugiram por recearem ataques de bandidos armados e a intensificação de combates no norte, enquanto outros disseram terem partido porque já não achavam alimentos nas suas aldeias, indica Fleming.
"Outros disseram às nossas equipas que eles decidiram deixar o Mali quando as esperanças de uma paz negociada entre o Governo e os rebeldes tuaregues no norte se esfumaram após o golpe de Estado", acrescentou a porta-voz.
Neste contexto, continuou, o ACNUR reforçou a sua assistência aos refugiados malianos na região do Sahel que está confrontada com penúrias graves de água e alimentos.
"Os combatentes tuaregues tomaram várias grandes cidades no norte a semana passada, impedindo o acesso do ACNUR e de outras agências humanitárias aos que necessitam de assistência.
"O ACNUR convida todas as partes a abster-se de qualquer ação que possa perigar a vida das populações em fuga ou entravar as suas deslocações para zonas mais seguras", indicou a porta-voz do ACNUR.
A retomada dos combates no norte do Mali deslocou mais de 200 mil pessoas desde janeiro passado, tendo a maioria fugido para os países vizinhos para além de 93 mil outros que provavelmente deslocaram no interior do país.
O Mali está confrontado com as consequências de um golpe de Estado perpetrado por militares que tomaram o controlo do país há 10 dias e anunciaram a dissolução do Governo do Presidente Amadou Toumani Touré.
-0- PANA AA/SEG/FJG/JSG/MAR/IZ 05abril2012