Genebra , Suíça (PANA) – O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) declarou-se preocupado com as informações provenientes da Líbia relativas à utilização da força contra os requerentes de asilo que lançaram, na semana passada, protestos num centro de acolhimento em Tripoli.
Segundo o site de informações das Nações Unidas que deu terça-feira a notícia, citando o ACNUR, protestos foram lançados por vários refugiados, detidos durante vários meses em condições muito difíceis sem nenhuma perspetiva.
Quase 50 pessoas ficaram feridas na sequência da intervenção da Polícia para pôr termo aos protestos, acrescentou o site, afirmando que dois dos feridos, atingidos gravemente, foram transferidos para o hospital Abou Slim.
O ACNUR acrescentou ter informado as autoridades sobre a sua preocupação em relação a este incidente, indicando que não conseguiu, até ao presente, entrar em contacto com as vítimas.
O ACNUR afirma que, na data do incidente, quase 400 requerentes de asilo estavam detidos no centro em questão, todos registados pelo ACNUR, exceto 20 pessoas, que chegaram recentemente ao centro.
O grupo integra 200 Eritreus, 100 Somalís, 53 Etíopes e 20 Sudaneses, indica o ACNUR.
O programa do ACNUR propõe-se evacuar as pessoas mais ameaçadas para um país terceiro, numa operação em que a prioridade é dada "aos mais fracos, nomeadamente as mulheres, as crianças órfãs e os sobreviventes de torturas".
-0- PANA YY/IN/IS/FK/IZ 6março2019