PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
ACNUR preocupado com recrudescência de ataques do LRA na África Central
Nova Iorque, Estados Unidos (PANA) – O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) expressou a sua preocupação sexta-feira face aos ataques cometidos pelo Exército de Resistência do Senhor (LRA) nestas últimas semanas na República Democrática do Congo (RDC), na República Centroafricana (RCA) e no Sudão do Sul.
Num comunicado divulgado em Nova Iorque, o ACNUR disse que, desde 06 de março, data da última atualização dos seus dados, aconteceram 13 ataques na RDC que fizeram dois mortos e 13 raptos e mil 230 pessoas deslocadas, na sua maioria em Dungu, no nordeste do país.
"Na RCA, os ataques do LRA retomaram após uma acalmia observada desde abril último, 11 dos quais foram registados em 2012 e a situação de segurança no sudeste deste país continua muito frágil", lê-se no texto.
De acordo com a agência onusina, a única exceção é a cidade de Obo, onde as tropas norte-americanas foram desdobradas em outubro último para apoiar os esforços envidados pelas Forças Armadas conjuntas da RCA e do Uganda a fim de combater o LRA e os seus dirigentes.
Referindo-se às informações do seu pessoal no terreno, ela indica que as patrulhas em torno de Obo efetuadas pelas duas forças armadas nacionais, apoiadas pelos conselheiros militares norte-americanos, permitiram às autoridades locais garantirem a segurança num raio de 25 quilómetros da cidade de Obo.
"A segurança reforçada permite aos residentes cuidarem das suas fazendas. No ano passado, o LRA perpetuou ataques no Sudão do Sul que levaram sete mil e 382 pessoas a abandonarem as suas casas", indignou-se o ACNUR.
Segundo o ACNUR, as agressões do LRA nestes três países provocaram a deslocação dum total de 440 mil pessoas no interior ou refugiados dos quais 335 mil encontram-se na RDC.
Na semana passada, os quatro países afetados pelas atividades do LRA, designadamente a RCA, a RDC, o Sudão do Sul e o Uganda, criaram uma força militar conjunta, apoiada pelas Nações Unidas e pela União Africana (UA) para combater os rebeldes, incluindo o seu líder, Joseph Kony, indica a fonte.
O ACNUR saudou as iniciativas regionais e internacionais visando pôr termo às atrocidades cometidas pelo LRA e exorta todos os atores a respeitarem os direitos humanos e a reduzirem perigos de vida para as populações civis, indica o comunicado.
O LRA foi criado no anos 1980 no Uganda contra o governo do Presidente Yoweri Museveni e, durante mais de 15 anos, os seus ataques foram principalmente dirigidos contra civis ugandeses e as forças de segurança que afugentaram os seus combatentes em 2002.
Encurralados, estes refugiaram-se nos países vizinhos do Uganda, nomeadamente na RDC, na RCA e no Sudão do Sul, onde perpetram violações e escravatura sexuais, assassinatos, mutilações e o recrutamento militar de crianças.
-0- PANA AA/VAO/ASA/AAS/CJB/DD 31mar2012
Num comunicado divulgado em Nova Iorque, o ACNUR disse que, desde 06 de março, data da última atualização dos seus dados, aconteceram 13 ataques na RDC que fizeram dois mortos e 13 raptos e mil 230 pessoas deslocadas, na sua maioria em Dungu, no nordeste do país.
"Na RCA, os ataques do LRA retomaram após uma acalmia observada desde abril último, 11 dos quais foram registados em 2012 e a situação de segurança no sudeste deste país continua muito frágil", lê-se no texto.
De acordo com a agência onusina, a única exceção é a cidade de Obo, onde as tropas norte-americanas foram desdobradas em outubro último para apoiar os esforços envidados pelas Forças Armadas conjuntas da RCA e do Uganda a fim de combater o LRA e os seus dirigentes.
Referindo-se às informações do seu pessoal no terreno, ela indica que as patrulhas em torno de Obo efetuadas pelas duas forças armadas nacionais, apoiadas pelos conselheiros militares norte-americanos, permitiram às autoridades locais garantirem a segurança num raio de 25 quilómetros da cidade de Obo.
"A segurança reforçada permite aos residentes cuidarem das suas fazendas. No ano passado, o LRA perpetuou ataques no Sudão do Sul que levaram sete mil e 382 pessoas a abandonarem as suas casas", indignou-se o ACNUR.
Segundo o ACNUR, as agressões do LRA nestes três países provocaram a deslocação dum total de 440 mil pessoas no interior ou refugiados dos quais 335 mil encontram-se na RDC.
Na semana passada, os quatro países afetados pelas atividades do LRA, designadamente a RCA, a RDC, o Sudão do Sul e o Uganda, criaram uma força militar conjunta, apoiada pelas Nações Unidas e pela União Africana (UA) para combater os rebeldes, incluindo o seu líder, Joseph Kony, indica a fonte.
O ACNUR saudou as iniciativas regionais e internacionais visando pôr termo às atrocidades cometidas pelo LRA e exorta todos os atores a respeitarem os direitos humanos e a reduzirem perigos de vida para as populações civis, indica o comunicado.
O LRA foi criado no anos 1980 no Uganda contra o governo do Presidente Yoweri Museveni e, durante mais de 15 anos, os seus ataques foram principalmente dirigidos contra civis ugandeses e as forças de segurança que afugentaram os seus combatentes em 2002.
Encurralados, estes refugiaram-se nos países vizinhos do Uganda, nomeadamente na RDC, na RCA e no Sudão do Sul, onde perpetram violações e escravatura sexuais, assassinatos, mutilações e o recrutamento militar de crianças.
-0- PANA AA/VAO/ASA/AAS/CJB/DD 31mar2012