83 por cento de agregados familiares têm acesso a instalações sanitárias em Cabo verde
Praia, Cabo Verde (PANA) - Oitenta e três por cento dos agregados familiares em Cabo Verde têm acesso a instalações sanitárias, apurou a PANA na cidade da Praia, de fonte segura.
Os dados foram avançados pela Agência Nacional de Água e Saneamento (ANAS) terça-feira última, 19 de novembro, por ocasião do Dia Mundial da Casa de Banho, assinalado no mesmo dia.
Com base num Inquérito Multi-Objetivo Contínuo de 2015, efetuado pelo Instituto Nacional de Estatísticas (INE), estes dados indicam que "o Objetivo de Desenvolvimento do Milénio, relativo ao acesso ao saneamento básico, foi alcançado" em Cabo Verde.
Este desempenho deve-se, em grande parte, a investimentos em infraestruturas sanitárias, realizadas pelos sucessivos governos e parceiros em Cabo Verde.
Acrescentou que 22,5 por cento das famílias ainda não têm acesso a uma sanita, que 14,6 por cento no meio urbano e que 40 por cento no meio rural.
“A nível dos municípios, São Miguel, Ribeira Grande de Santiago e Santa Cruz (em Santiago) são os que apresentam menores taxas de acesso às instalações sanitárias por parte das famílias.
A liderarem a lista dos municípios com uma alta taxa de acesso estão Sal, Maio e Mosteiros”, lê-se na nota.
De acordo com a ANAS, nos meios periurbanos, sobretudo nos meios rurais, a adesão à utilização de casas de banho, quando estas existem, não é total, principalmente por falta de água e de produtos de higiene, para a limpeza.
Também ciram muitas limitações nesta matéria a falta de hábito, a ignorância no tocante à contaminação fecal e oral.
O INE informa ainda que não há disparidades de género, e que as famílias chefiadas por homens têm o mesmo acesso a instalações sanitárias que as representadas por mulheres, ou seja 82,9 por cento.
De acordo com o documento, são as mulheres e as crianças que despejam fezes, normalmente nas imediações das habitações e em condições ambientais medíocres, o que representa um grande risco para a sua própria saúde e para a saúde pública.
De acordo com os dados, 82,9 por cento das famílias declararam usar um sistema de evacuação das águas residuais para evacuar águas sujas do banho, da limpeza, da lavagem de roupa, e 54,1 por cento preferem despejar estas águas em redor das casas, sendo esta prática mais acentuada no meio rural, ou seja 78,4 por cento.
O Dia Mundial da Casa de Banho foi reconhecido oficialmente pelas Nações Unidas, em 2013, e tem por objetivo alertar a população para o facto de mais 4,2 biliões de pessoas no mundo não terem acesso a uma casa de banho limpa, segura e privada e enfrentarem muitas formas de discriminação.
Isto significa que uma em cada três pessoas não dispõe de casa de banho que garanta boas condições de higiene e de segurança.
Neste ano, a efeméride foi celebrada sob o tema “Não é apenas uma casa de banho: é um salva-vidas, um protetor de dignidade e um criador de oportunidades.”
-0- PANA CS/DD 20nov2019