PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
7,6 porcento dos cabo-verdianos experimentam drogas ilícitas, diz estudo
Praia, Cabo Verde (PANA) – 7,6 porcento dos cabo-verdianos já experimentaram drogas ilícitas pelo menos uma vez, revela um estudo sobre o uso de substâncias psicoativas em Cabo Verde apresentado, esta quarta-feira, na Cidade da Praia,.
De acordo com este documento a que a PANA teve acesso na cidade da Praia, entre as substâncias ilícitas, a mais consumida é o cannabis, conhecido em Cabo Verde por padjinha
São Vicente é a ilha com a maior taxa de prevalência de consumo deste tipo de droga (12,2 porcento), seguida da Boa Vista com 11 porcento, São Nicolau com 9,4 por cento e ilha do Sal com 9,2 porcento, de acordo com este estudo elaborado pela Comissão de Coordenação do Combate à Droga (CCCD), em parceria com Sistema das Nações Unidas, através do Escritório das Nações contra a Droga e Crime (ONUDC)..
O concelho da Praia, o maior centro populacional do arquipélago cabo-verdiano, apresenta uma taxa de prevalência de consumo de cannabis de 6,4 porcento, sendo que os concelhos/ilhas do Fogo e de Santa Cruz os com menores taxas de prevalência,de menos de cinco porcento cada.
Quanto ao álcool, a substância lícita mais consumida e que apresenta uma taxa de prevalência a nível nacional de 63,5 porcento, São Vicente volta a ser a ilha com maior consumo, com uma taxa acima da média nacional, ou seja 84,5 porcento, seguida de Santo Antão com 80,9 porcento, Maio com 80,7 porcento e Praia com 64,5 porcento.
A coordenadora executiva da CCCD, Fernanda Marques, adiantou que o estudo forneceu dados que vão permitir elaborar e definir estratégias em termos de prevenção e também ter novas abordagens nesse sentido, “sabendo a quem dirigir e com a necessidade de uma ação colaborativa de todos os sectores”.
O ministro cabo-verdiano da Justiça, José Carlos Correia, que presidiu ao ato público de divulgação do estudo, mostrou-se preocupado com o facto de o uso da droga, “que diz respeito principalmente aos jovens”, estar ligado diretamente à criminalidade.
“Há uma ligação muito clara entre o consumo de drogas e a criminalidade dos consumidores que sem dinheiro para adquirir drogas, recorrem à criminalidade”, disse o ministro aos jornalistas.
Segundo José Carlos Correia, o estudo vai permitir ao Governo “conhecer melhor” a realidade cabo-verdiana em relação ao consumo de drogas, já que alerta para a penetração do consumo de substâncias psicoativas em Cabo Verde.
“Vamos poder melhorar o Programa Nacional Integrado Contra Droga e Crime 2012/2016, afinar algumas linhas do trabalho de vários operadores que lidam com essa questão e vai obrigar-nos a ter um maior alinhamento das nossas políticas e práticas no que concerne à prevenção e combate à droga”, frisou.
No entanto, o governante, consciente de que o consumo das substâncias psicoativas em Cabo Verde está mais presente no seio dos jovens, frisa que o combate, a prevenção e a educação para fazer frente ao fenómeno “é uma tarefa não só do Governo mas de toda a sociedade”.
-0- PANA CS/DD 04abr2013
De acordo com este documento a que a PANA teve acesso na cidade da Praia, entre as substâncias ilícitas, a mais consumida é o cannabis, conhecido em Cabo Verde por padjinha
São Vicente é a ilha com a maior taxa de prevalência de consumo deste tipo de droga (12,2 porcento), seguida da Boa Vista com 11 porcento, São Nicolau com 9,4 por cento e ilha do Sal com 9,2 porcento, de acordo com este estudo elaborado pela Comissão de Coordenação do Combate à Droga (CCCD), em parceria com Sistema das Nações Unidas, através do Escritório das Nações contra a Droga e Crime (ONUDC)..
O concelho da Praia, o maior centro populacional do arquipélago cabo-verdiano, apresenta uma taxa de prevalência de consumo de cannabis de 6,4 porcento, sendo que os concelhos/ilhas do Fogo e de Santa Cruz os com menores taxas de prevalência,de menos de cinco porcento cada.
Quanto ao álcool, a substância lícita mais consumida e que apresenta uma taxa de prevalência a nível nacional de 63,5 porcento, São Vicente volta a ser a ilha com maior consumo, com uma taxa acima da média nacional, ou seja 84,5 porcento, seguida de Santo Antão com 80,9 porcento, Maio com 80,7 porcento e Praia com 64,5 porcento.
A coordenadora executiva da CCCD, Fernanda Marques, adiantou que o estudo forneceu dados que vão permitir elaborar e definir estratégias em termos de prevenção e também ter novas abordagens nesse sentido, “sabendo a quem dirigir e com a necessidade de uma ação colaborativa de todos os sectores”.
O ministro cabo-verdiano da Justiça, José Carlos Correia, que presidiu ao ato público de divulgação do estudo, mostrou-se preocupado com o facto de o uso da droga, “que diz respeito principalmente aos jovens”, estar ligado diretamente à criminalidade.
“Há uma ligação muito clara entre o consumo de drogas e a criminalidade dos consumidores que sem dinheiro para adquirir drogas, recorrem à criminalidade”, disse o ministro aos jornalistas.
Segundo José Carlos Correia, o estudo vai permitir ao Governo “conhecer melhor” a realidade cabo-verdiana em relação ao consumo de drogas, já que alerta para a penetração do consumo de substâncias psicoativas em Cabo Verde.
“Vamos poder melhorar o Programa Nacional Integrado Contra Droga e Crime 2012/2016, afinar algumas linhas do trabalho de vários operadores que lidam com essa questão e vai obrigar-nos a ter um maior alinhamento das nossas políticas e práticas no que concerne à prevenção e combate à droga”, frisou.
No entanto, o governante, consciente de que o consumo das substâncias psicoativas em Cabo Verde está mais presente no seio dos jovens, frisa que o combate, a prevenção e a educação para fazer frente ao fenómeno “é uma tarefa não só do Governo mas de toda a sociedade”.
-0- PANA CS/DD 04abr2013