PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
65,6 milhões de deslocados registados no mundo em finais de 2016, diz ACNUR
Genebra, Suíça (PANA) - Até finais do ano de 2016, foram registadas 65 milhões e 600 mil pessoas deslocadas pela força no mundo, ou seja cerca de 300 mil a mais do que no ano transato, indica um novo relatório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).
De acordo com este relatório publicado segunda-feira em Genebra, na Suíça, sob o título "Tendências Mundiais", o maior inquérito anual do ACNUR sobre deslocamentos em massa, este total representa um número enorme de pessoas carentes de proteção no mundo inteiro.
Dos 65 milhões e 600 mil deslocados, 22 milhões e 500 mil têm o estatuto de refugiados, dos quais 17 milhões e 200 mill sob a tutela do ACNUR ao passo que os restantes, essencialmente Palestinianos, foram registados junto da nossa organização gémea UNRWA (Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente), lê-se num comunicado de imprensa.
O conflito da Síria continua a ser o maior produtor mundial de refugiados, ou seja cinco milhões e 500 mil.
Porém, em 2016, o maior produtor foi o Sudão do Sul, onde o desastre dos esforços de paz contribuiu para a saída de 739 mil e 900 pessoas em finais do ano, tendo subido hoje a um milhão e 870 mil indivíduos.
O ACNUR declarou que, até finais de 2016, foram registadas 40 milhões e 300 mil pessoas deslocadas internas nos seus próprios países, contra 40 milhões e 800 mil no ano anterior.
As situações na Síria, no Iraque e na Colômbia foram as principais causas deste fenómeno a nível mundial, representando cerca de dois terços do total mundial de deslocações forçadas, de acordo com o mesmo documento.
O número de pedintes de asilo, precisamente pessoas que fugiram dos seus próprios países e que buscam uma proteção internacional enquanto refugiadas, foi de dois milhões e 800 mil em finais de 2016.
Segundo o ACNUR, quando mencionou os custos humanos imensos da guerra e da perseguição a nível mundial, 65 milhões e 600 mil significam que, em média, uma pessoas em cada 113 no mundo é hoje um deslocado.
Segundo a mesma instituição, este universo de 65 milhões e 600 mil pessoas é maior que a população do Reino Unido, vigésimo primeiro país mais povoado do mundo
"Em todo caso, é um número inaceitável. Daí a necessidade da solidariedade e dum objetivo comum na prevenção das crises, para que os refugiados, os deslocados internos e os pedintes de asilo estejam corretamente protegidos enquanto se espera pelas soluções adequadas, defendeu Filippo Grandi, Alto Comissarário das Nações Unidas para os Refugiados.
A seu ver, deve-se fazer melhor para estas pessoas e são precisas, para um mundo em conflito, necessariamente determinação e coragem e não o medo.
Entre os principais pontos do relatório, figuram novas ondas de deslocação, particularmente muito elevadas.
Dos 65 milhões e 600 mil pessoas deslocadas pela força no mundo, 10 milhões e 300 mil se tornaram deslocadas em 2016, das quais cerca de dois terços, ou seja seis milhões e 900 mil fugitivos dos seus próprios países.
Na ótica do ACNUR, o regresso dos refugiados e das pessoas deslocadas aos seus lares de origem, associado a outras soluções, nomeadamente a reinstalação das mesmas nos países de acolhimento, significa, para algumas, que o ano de 2016 abriu boas perspetivas nesta matéria.
Cerca de 37 países aceitaram instalar nos seus territórios respetivos 189 mil e 300 refugiados e apenas 500 mil regressaram aos seus países de origem.
Cerca de seis milhões e 500 mil pessoas deslocadas internas voltaram às regiões de origem mesmo em circunstâncias pouco ideais e com perspetivas incertas.
Segundo o comunicado, em termos de população, a Síria conta o maior número de deslocados com 12 milhões de indivíduos deslocados no interior do país, ou seja cerca de dois terços da sua população, ou para fora com estatuto de refugiados ou pedintes de asilo.
Prescindindo da situação dos refugiados palestinianos de longa date, os Colombianos (7,7 milhões) e os Afegãos (4,7 milhões) foram respetivamente segundos e terceiros maiores, seguidos pelos Iraquianos (4,2 milhões) e pelos Sul-Sudaneses, população deslocada mais rápida no mundo (3,3 milhões).
As mais vulneráveis são as crianças que constituem a metade dos refugiados do mundo. Setenta e cinco pedidos de asilo de crianças sozinhas ou separadas dos pais, revelou o ACNUR, frisando que estes dados pode estar aquém da realidade no terreno.
A agência especializada das Nações Unidas produz o seu relatório "Tendências Mundiais" em cada ano com base em seus próprios dados que recebe do seu parceiro do Centro de Controlo das Deslocações Internas e de Dados que recebe diretamente dos Governos.
-0- PANA MA/MTA/IS/SOC/DD 20junho2017
De acordo com este relatório publicado segunda-feira em Genebra, na Suíça, sob o título "Tendências Mundiais", o maior inquérito anual do ACNUR sobre deslocamentos em massa, este total representa um número enorme de pessoas carentes de proteção no mundo inteiro.
Dos 65 milhões e 600 mil deslocados, 22 milhões e 500 mil têm o estatuto de refugiados, dos quais 17 milhões e 200 mill sob a tutela do ACNUR ao passo que os restantes, essencialmente Palestinianos, foram registados junto da nossa organização gémea UNRWA (Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente), lê-se num comunicado de imprensa.
O conflito da Síria continua a ser o maior produtor mundial de refugiados, ou seja cinco milhões e 500 mil.
Porém, em 2016, o maior produtor foi o Sudão do Sul, onde o desastre dos esforços de paz contribuiu para a saída de 739 mil e 900 pessoas em finais do ano, tendo subido hoje a um milhão e 870 mil indivíduos.
O ACNUR declarou que, até finais de 2016, foram registadas 40 milhões e 300 mil pessoas deslocadas internas nos seus próprios países, contra 40 milhões e 800 mil no ano anterior.
As situações na Síria, no Iraque e na Colômbia foram as principais causas deste fenómeno a nível mundial, representando cerca de dois terços do total mundial de deslocações forçadas, de acordo com o mesmo documento.
O número de pedintes de asilo, precisamente pessoas que fugiram dos seus próprios países e que buscam uma proteção internacional enquanto refugiadas, foi de dois milhões e 800 mil em finais de 2016.
Segundo o ACNUR, quando mencionou os custos humanos imensos da guerra e da perseguição a nível mundial, 65 milhões e 600 mil significam que, em média, uma pessoas em cada 113 no mundo é hoje um deslocado.
Segundo a mesma instituição, este universo de 65 milhões e 600 mil pessoas é maior que a população do Reino Unido, vigésimo primeiro país mais povoado do mundo
"Em todo caso, é um número inaceitável. Daí a necessidade da solidariedade e dum objetivo comum na prevenção das crises, para que os refugiados, os deslocados internos e os pedintes de asilo estejam corretamente protegidos enquanto se espera pelas soluções adequadas, defendeu Filippo Grandi, Alto Comissarário das Nações Unidas para os Refugiados.
A seu ver, deve-se fazer melhor para estas pessoas e são precisas, para um mundo em conflito, necessariamente determinação e coragem e não o medo.
Entre os principais pontos do relatório, figuram novas ondas de deslocação, particularmente muito elevadas.
Dos 65 milhões e 600 mil pessoas deslocadas pela força no mundo, 10 milhões e 300 mil se tornaram deslocadas em 2016, das quais cerca de dois terços, ou seja seis milhões e 900 mil fugitivos dos seus próprios países.
Na ótica do ACNUR, o regresso dos refugiados e das pessoas deslocadas aos seus lares de origem, associado a outras soluções, nomeadamente a reinstalação das mesmas nos países de acolhimento, significa, para algumas, que o ano de 2016 abriu boas perspetivas nesta matéria.
Cerca de 37 países aceitaram instalar nos seus territórios respetivos 189 mil e 300 refugiados e apenas 500 mil regressaram aos seus países de origem.
Cerca de seis milhões e 500 mil pessoas deslocadas internas voltaram às regiões de origem mesmo em circunstâncias pouco ideais e com perspetivas incertas.
Segundo o comunicado, em termos de população, a Síria conta o maior número de deslocados com 12 milhões de indivíduos deslocados no interior do país, ou seja cerca de dois terços da sua população, ou para fora com estatuto de refugiados ou pedintes de asilo.
Prescindindo da situação dos refugiados palestinianos de longa date, os Colombianos (7,7 milhões) e os Afegãos (4,7 milhões) foram respetivamente segundos e terceiros maiores, seguidos pelos Iraquianos (4,2 milhões) e pelos Sul-Sudaneses, população deslocada mais rápida no mundo (3,3 milhões).
As mais vulneráveis são as crianças que constituem a metade dos refugiados do mundo. Setenta e cinco pedidos de asilo de crianças sozinhas ou separadas dos pais, revelou o ACNUR, frisando que estes dados pode estar aquém da realidade no terreno.
A agência especializada das Nações Unidas produz o seu relatório "Tendências Mundiais" em cada ano com base em seus próprios dados que recebe do seu parceiro do Centro de Controlo das Deslocações Internas e de Dados que recebe diretamente dos Governos.
-0- PANA MA/MTA/IS/SOC/DD 20junho2017