PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
60 porcento de postos de parteiras estão vacantes no Zimbabwe
Harare, Zimbabwe (PANA) – Sessenta porcento dos postos de parteiras nas estruturas sanitárias públicas do Zimbabwe estão vacantes, anunciou quarta-feira o vice-ministro zimbabweano da Saúde, Douglas Mombeshora.
Ele indicou que o êxodo do pessoal qualificado registado no país nestes últimos 10 anos, quando estava confrontado com uma crise política e económica persistente, reduziu sobremaneira o número de parteiras.
Milhões de Zimbabweanos deixaram o seu país nestes últimos 10 anos para países mais prósperos da região e para outros países longínquos a fim de escaparem à crise, que só baixou no ano 2010 quando um Governo de Coligação, formado com a oposição, foi instalado no poder.
A Função Pública, onde os salários são os mais baixos, foi o setor mais afetado por esta "hemorragia", com docentes e o pessoal da saúde à frente das desistências, deu a conhecer o vice-ministro da Saúde.
Mombeshora indicou que os serviços de saúde especializados, tais como os que utilizam parteiras, foram os que perderam muito mais pessoal que era muito solicitado, nomeadamente nos países vizinhos.
Portanto, para remediar este défice, o Governo zimbabweano começou a formar as enfermeiras encarregues dos cuidados de saúde básicos na profissão de parteira a fim de compensar a penúria destas profissionais no país, de acordo com o governante.
Ele explicou que esta medida não basta para suprir o défice das parteiras necessárias que o Zimbabwe vai continuar a registar nos próximos anos.
"As nossas escolas de parteiras não têm capacidade para formar parteiras tendo em conta o ritmo das suas desistências no país e fazemos o possível abrindo novas escolas como a do Hospital da Missão Howard", disse Mombeshora, referindo-se ao novo centro de formação de parteiras aberto recentemente.
"Há uma forte penúria de parteiras no país e para remediar este défice, dotamos as nossas enfermeiras de aptidões básicas para assistirem as mulheres grávidas. Não é uma situação ideal mas apenas uma medida paliativa", sublinhou.
Ele indicou que uma outra esperança para o Zimbabwe consiste em tentar chamar de volta as parteiras que foram para o estrangeiro, no entanto, frisou, isto dependerá da recuperação económica do país e da estabilidade política.
Até agora, a maioria dos profissionais que deixaram o país preferiram perservar os seus empregos no estrangeiro, hesitando em regressar ao seu país onde a remuneração é fraca, nomeadamente na Função Pública.
"Em média, os funcionários zimbabweanos recebem um salário de 250 dólares mensais, muito aquém do que auferem os seus homólogos na maioria dos países da região. Esperamos que ajustamentos dos salários dos funcionários vão ajudar a trazê-los de volta no interesse da nação", disse Mombeshora.
Em consequência da penúria de parteiras, a maioria das Zimbabweanas recorrem às matronas, nomeadamente em zonas rurais, onde vive o grosso da população.
No entanto, na época do VIH/Sida e de outras doenças transmissíveis, esta prática não é apenas perigosa mas tamb muito aconselhável.
-0- PANA RS/SEG/FJG/AAS/IBA/CJB/DD 22junho2011
Ele indicou que o êxodo do pessoal qualificado registado no país nestes últimos 10 anos, quando estava confrontado com uma crise política e económica persistente, reduziu sobremaneira o número de parteiras.
Milhões de Zimbabweanos deixaram o seu país nestes últimos 10 anos para países mais prósperos da região e para outros países longínquos a fim de escaparem à crise, que só baixou no ano 2010 quando um Governo de Coligação, formado com a oposição, foi instalado no poder.
A Função Pública, onde os salários são os mais baixos, foi o setor mais afetado por esta "hemorragia", com docentes e o pessoal da saúde à frente das desistências, deu a conhecer o vice-ministro da Saúde.
Mombeshora indicou que os serviços de saúde especializados, tais como os que utilizam parteiras, foram os que perderam muito mais pessoal que era muito solicitado, nomeadamente nos países vizinhos.
Portanto, para remediar este défice, o Governo zimbabweano começou a formar as enfermeiras encarregues dos cuidados de saúde básicos na profissão de parteira a fim de compensar a penúria destas profissionais no país, de acordo com o governante.
Ele explicou que esta medida não basta para suprir o défice das parteiras necessárias que o Zimbabwe vai continuar a registar nos próximos anos.
"As nossas escolas de parteiras não têm capacidade para formar parteiras tendo em conta o ritmo das suas desistências no país e fazemos o possível abrindo novas escolas como a do Hospital da Missão Howard", disse Mombeshora, referindo-se ao novo centro de formação de parteiras aberto recentemente.
"Há uma forte penúria de parteiras no país e para remediar este défice, dotamos as nossas enfermeiras de aptidões básicas para assistirem as mulheres grávidas. Não é uma situação ideal mas apenas uma medida paliativa", sublinhou.
Ele indicou que uma outra esperança para o Zimbabwe consiste em tentar chamar de volta as parteiras que foram para o estrangeiro, no entanto, frisou, isto dependerá da recuperação económica do país e da estabilidade política.
Até agora, a maioria dos profissionais que deixaram o país preferiram perservar os seus empregos no estrangeiro, hesitando em regressar ao seu país onde a remuneração é fraca, nomeadamente na Função Pública.
"Em média, os funcionários zimbabweanos recebem um salário de 250 dólares mensais, muito aquém do que auferem os seus homólogos na maioria dos países da região. Esperamos que ajustamentos dos salários dos funcionários vão ajudar a trazê-los de volta no interesse da nação", disse Mombeshora.
Em consequência da penúria de parteiras, a maioria das Zimbabweanas recorrem às matronas, nomeadamente em zonas rurais, onde vive o grosso da população.
No entanto, na época do VIH/Sida e de outras doenças transmissíveis, esta prática não é apenas perigosa mas tamb muito aconselhável.
-0- PANA RS/SEG/FJG/AAS/IBA/CJB/DD 22junho2011