Agência Panafricana de Notícias

57 porcento de profissionais confirmam liberdade de imprensa no Burkina Faso

Ouagadougou, Burkina Faso (PANA) - A liberdade de imprensa é real no Burkina Faso para 57,14 porcento dos profissionais, enquanto 30,95 porcento a considera parcial e menos de 02 porcento pretendem que ela não existe.

Estes dados constam de um terceiro relatório 2013-2014 sobre o estado da liberdade de imprensa no Burkina Faso publicado pelo Centro de Imprensa Norbert Zongo.

Neste documento, jornalistas burkinabes lembram que, em 2014, quatro órgãos de imprensa foram assaltados e instrumentos de trabalho de jornalistas levados, frisando que, desde então os assaltantes ou supostos continuam foragidos".

Durante a revolta popular de 30 de outubro de 2014 que forçou o então Presidente burkinabe, Blaise Compaore, a renunciar ao poder, que detinha há 27 anos, e a exilar-se na Côte d’ivoire ", muitos jornalistas foram molestados por forças de defesa e de segurança e por alegados manifestantes que também confiscaram ou destruíram seus materiais de trabalho", denunciaram.

No entanto, acrescentaram, "o Burkina Faso não registou, de momento, nenhum caso de jornalista morto ou preso no quadro do exercício da sua profissão.

Na ocasião do dia internacional da liberdade de imprensa celebrada a 03 de maio último, os jornalistas burkinabes pediram às novas autoridades do país para elucidarem as circunstâncias do assassinato ocorrido em 1998 contra um jornalista de investigação, Norbert Zongo.

Norbert Zongo foi morto a 13 de dezembro de 1998 quando investigava sobre a morte sob a tortura de David Ouédraogo, motorista de François Compaoré, irmão mais novo do ex-Presidente Compaoré.

Seu corpo carbonizado foi encontrado com outros três de seus camaradas no mesmo dia em Sapouy, a uma centena de quilómetros de Ouagadougou, a capital do Burkina Faso.

-0- PANA NDT/DIM/DD 05maio2015