PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
53 porcento das crianças em Cabo Verde vivem sem presença paterna
Praia, Cabo Verde (PANA) – Pelo menos 53 porcento das crianças em Cabo Verde vivem sem a presença do pai, revelam dados divulgados esta terça-feira, na cidade da Praia.
Os dados do Censo 2010 apresentados durante o fórum sobre os desafios da assunção da paternidade em Cabo Verde indicam que das 191 mil 329 crianças com menos de 18 anos recenseadas, 53 porcento viviam sem a presença do pai e 15 porcento sem a presença do pai e da mãe.
Na perspetiva da presidente da Comissão Nacional dos Direitos Humanos e Cidadania (CNHDC), Zelinda Cohen, os dados são preocupantes e exigem uma inversão dessa lógica.
“É um número elevadíssimo de ausência de presença paterna na vida dos filhos”, sublinhou Zelinda Cohen, precisando que não se está a falar somente dos registos, ou só da pensão de alimentos.
“Estamos a falar da presença do pai independentemente da condição em que ela estiver com a mãe”, acrescentou.
Para abordar esta situação, o fórum, que assinala o Dia do Pai, 19 de março, reúne representantes de várias instituições que lidam com a problemática da criança, do adolescente e das mulheres, com o propósito de, entre outros aspetos, proceder a uma reflexão sobre a problemática da paternidade em Cabo Verde.
O CNHDC e os parceiros vão lançar, na sequência deste fórum, a campanha “Ami ê pai” (eu sou pai) com o objetivo de sensibilizar a sociedade cabo-verdiana ao papel e à importância do pai no desenvolvimento das crianças, na estruturação das famílias e na estabilidade social do país.
De acordo com a presidente da CNHDC, ao longo da campanha, que tem a duração de seis meses, o enfoque vai estar menos nos direitos e mais na questão da sensibilidade, ou seja, “apelar mais do que criticar” para assumirem a paternidade responsável.
Zelinda Cohen precisa que, com a realização desta campanha, se pretende “despertar nos homens a ideia de que uma criança precisa do seu pai, mas que o pai também precisa muito de uma criança”, uma vez que “o benefício é tão grande que alguns estão distraídos não vendo o benefício que é ser pai”.
Para Zelinda Cohen a questão da paternidade responsável em Cabo Verde é tão grave quanto a questão do género.
Por isso, a CNHDC quer também que a situação da paternidade em Cabo Verde esteja na ordem do dia de Santo Antão à Brava, tendo em vista uma mudança de comportamento e atitude em relação a este assunto.
-0- PANA CS/IZ 19mar2013
Os dados do Censo 2010 apresentados durante o fórum sobre os desafios da assunção da paternidade em Cabo Verde indicam que das 191 mil 329 crianças com menos de 18 anos recenseadas, 53 porcento viviam sem a presença do pai e 15 porcento sem a presença do pai e da mãe.
Na perspetiva da presidente da Comissão Nacional dos Direitos Humanos e Cidadania (CNHDC), Zelinda Cohen, os dados são preocupantes e exigem uma inversão dessa lógica.
“É um número elevadíssimo de ausência de presença paterna na vida dos filhos”, sublinhou Zelinda Cohen, precisando que não se está a falar somente dos registos, ou só da pensão de alimentos.
“Estamos a falar da presença do pai independentemente da condição em que ela estiver com a mãe”, acrescentou.
Para abordar esta situação, o fórum, que assinala o Dia do Pai, 19 de março, reúne representantes de várias instituições que lidam com a problemática da criança, do adolescente e das mulheres, com o propósito de, entre outros aspetos, proceder a uma reflexão sobre a problemática da paternidade em Cabo Verde.
O CNHDC e os parceiros vão lançar, na sequência deste fórum, a campanha “Ami ê pai” (eu sou pai) com o objetivo de sensibilizar a sociedade cabo-verdiana ao papel e à importância do pai no desenvolvimento das crianças, na estruturação das famílias e na estabilidade social do país.
De acordo com a presidente da CNHDC, ao longo da campanha, que tem a duração de seis meses, o enfoque vai estar menos nos direitos e mais na questão da sensibilidade, ou seja, “apelar mais do que criticar” para assumirem a paternidade responsável.
Zelinda Cohen precisa que, com a realização desta campanha, se pretende “despertar nos homens a ideia de que uma criança precisa do seu pai, mas que o pai também precisa muito de uma criança”, uma vez que “o benefício é tão grande que alguns estão distraídos não vendo o benefício que é ser pai”.
Para Zelinda Cohen a questão da paternidade responsável em Cabo Verde é tão grave quanto a questão do género.
Por isso, a CNHDC quer também que a situação da paternidade em Cabo Verde esteja na ordem do dia de Santo Antão à Brava, tendo em vista uma mudança de comportamento e atitude em relação a este assunto.
-0- PANA CS/IZ 19mar2013