PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
52 porcento das crianças padecem de anemia em Cabo Verde, segundo estudo
Praia, Cabo Verde (PANA) – A anemia continua a ser um problema muito sério de saúde pública em Cabo Verde, onde atinge 52 porcento das crianças menores dos cinco anos de idade, segundo dados de um estudo revelados por ocasião das comemorações do Dia Mundial da Alimentação a 16 de outubro.
O estudo citado pelo ministro da Agricultura e Ambiente, Gilberto Silva, leva a concluir que, apesar do país ter registado “melhorias enormes” e conseguido aumentar consideravelmente a produção de alimentos e a sua capacidade de fazer face a oscilações e crises, “as vulnerabilidades a nível da segurança alimentar e nutricional continuam grandes”.
Os dados apresentados pelo governante demonstraram que, em Cabo Verde, à
semelhança dos outros países em desenvolvimento, as estruturas alimentares caraterizam-se por um elevado consumo de cereais, lípidos, leite e pescados.
Por outro lado, o consumo da carne é “bastante fraca”, representando apenas 1,7 porcento, 2,9 porcento e 3,6 porcento, respetivamente, do consumo de outros alimentos citados.
Gilberto Silva informou que os dados demonstram ainda uma “desigualdade preocupante” de acesso e consumo alimentar no arquipélago cabo-verdiano, precisando que a mesma varia em função do nível de rendimentos do agregado familiar, em que as diferenças estão mais assentadas em relação às frutas, carnes, queijo e leite.
A seu ver, isto mostra que a renda afeta não só a quantidade de alimentos ingeridos como também a qualidade e a variedade da dieta.
“Os técnicos desta área são de opinião que Cabo Verde se encontra na face de transição nutricional onde coexistem situações de diminuição de desnutrição e um aumento do excesso de peso. Consequentemente tem-se registado um amento de doenças crónicas não transmissíveis, tais como a obesidade, a hipertensão, diabetes, entre outras”, avançou.
No que se refere à desnutrição crónica, o ministro lembrou que, em 1994, a mesma afetava 16 porcento das crianças entre 0 e os cinco anos de idade, tendo diminuido para 9,7 porcento em 2009, o que demonstra uma tendência positiva nesta área.
Também se assinalou uma redução da prevalência da desnutrição aguda de seis porcento em 1994 para 2,6 porcento em 2009, informou.
O governante avançou ainda que dados dum estudo realizado sobre doenças crónicas não transmissíveis em Cabo Verde retratam bem a situação preocupante na população adulta cabo-verdiana, apontando que 90 porcento dos Cabo-verdianos, entre os 45 e os 64 anos de idade e 85 porcento entre os 25 e 44 anos de idade, apresentavam um risco médio de doenças cardíacas.
Segundo o ministro, refere que 35 porcento dos adultos apresentavam a hipertensão arterial e 35 porcento a hiperglicemia. Por outro lado, cerca de 04% estavam com desnutrição, 26 % sobrepeso e 11% com obesidade.
“O Governo está muito consciente desta realidade e dos desafios que nos colocam para o reforço da segurança alimentar e nutricional”, reconheceu o responsável, acrescentando que o Executivo já tomou medidas para manter o ritmo crescente da melhoria da segurança alimentar e nutricional.
-0- PANA CS/DD 18out2016
O estudo citado pelo ministro da Agricultura e Ambiente, Gilberto Silva, leva a concluir que, apesar do país ter registado “melhorias enormes” e conseguido aumentar consideravelmente a produção de alimentos e a sua capacidade de fazer face a oscilações e crises, “as vulnerabilidades a nível da segurança alimentar e nutricional continuam grandes”.
Os dados apresentados pelo governante demonstraram que, em Cabo Verde, à
semelhança dos outros países em desenvolvimento, as estruturas alimentares caraterizam-se por um elevado consumo de cereais, lípidos, leite e pescados.
Por outro lado, o consumo da carne é “bastante fraca”, representando apenas 1,7 porcento, 2,9 porcento e 3,6 porcento, respetivamente, do consumo de outros alimentos citados.
Gilberto Silva informou que os dados demonstram ainda uma “desigualdade preocupante” de acesso e consumo alimentar no arquipélago cabo-verdiano, precisando que a mesma varia em função do nível de rendimentos do agregado familiar, em que as diferenças estão mais assentadas em relação às frutas, carnes, queijo e leite.
A seu ver, isto mostra que a renda afeta não só a quantidade de alimentos ingeridos como também a qualidade e a variedade da dieta.
“Os técnicos desta área são de opinião que Cabo Verde se encontra na face de transição nutricional onde coexistem situações de diminuição de desnutrição e um aumento do excesso de peso. Consequentemente tem-se registado um amento de doenças crónicas não transmissíveis, tais como a obesidade, a hipertensão, diabetes, entre outras”, avançou.
No que se refere à desnutrição crónica, o ministro lembrou que, em 1994, a mesma afetava 16 porcento das crianças entre 0 e os cinco anos de idade, tendo diminuido para 9,7 porcento em 2009, o que demonstra uma tendência positiva nesta área.
Também se assinalou uma redução da prevalência da desnutrição aguda de seis porcento em 1994 para 2,6 porcento em 2009, informou.
O governante avançou ainda que dados dum estudo realizado sobre doenças crónicas não transmissíveis em Cabo Verde retratam bem a situação preocupante na população adulta cabo-verdiana, apontando que 90 porcento dos Cabo-verdianos, entre os 45 e os 64 anos de idade e 85 porcento entre os 25 e 44 anos de idade, apresentavam um risco médio de doenças cardíacas.
Segundo o ministro, refere que 35 porcento dos adultos apresentavam a hipertensão arterial e 35 porcento a hiperglicemia. Por outro lado, cerca de 04% estavam com desnutrição, 26 % sobrepeso e 11% com obesidade.
“O Governo está muito consciente desta realidade e dos desafios que nos colocam para o reforço da segurança alimentar e nutricional”, reconheceu o responsável, acrescentando que o Executivo já tomou medidas para manter o ritmo crescente da melhoria da segurança alimentar e nutricional.
-0- PANA CS/DD 18out2016