PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
50 mil pessoas fogem de suas casas no norte e centro do Mali
Bamako, Mali (PANA) - Cerca de 50 mil pessoas fugiram dos seus lares no norte e centro do Mali devido a confrontos intercomunitários, ao aumento de grupos armados e a operações militares, lamentou domingo em Bamako o diretor nacional do Conselho Norueguês para os Refugiados (CNR) no Mali, Hassane Hamadou.
A tragédia tem ainda a ver com o facto de o financiamento humanitário não ter conseguido satisfazer as necessidades crescentes das populações bloqueadas sem assistência, alertou Hassane Hamadou.
O número de novos deslocados representa um aumento de 60 porcento relativamente ao mesmo período do ano transato e recursos massivos foram investidos em operações militares em curso ao passo que milhares de pessoas que abandonaram seus lares sem literalmente nada para sobreviverem, lamentou
Cerca de cinco milhões e 200 mil pessoas precisam de ajuda humanitário este ano e as suas necessidades são mais importantes que nunca antes do início da crise de segurança em 2012, segundo o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação dos Assuntos Humanitários (OCHA).
Até ao momento, o apelo de ajuda das Nações Unidas para o Mali só foi atendido apenas em 30 porcento enquanto o número de pessoas deslocadas continua a aumentar.
Face ao aumento inesparado do número de pessoas obrigadas a fugir no centro e no norte do Mali,, o CNR esgotou o seu financiamento para intervenções de emergência, não estando por isso em condições de satisfazer as novas necessidades das pessoas afetadas no país desde o início de setembro corrente.
"Não há nada de mais penoso para nós, trabalhadores humanitários, que de vermos os civis sofrerem sem que possamos intervir", indignou-se Hamadou.
Segundo um comunicado do CNR, a violência e operações militares no Mali agravaram a vulnerabilidade das comunidades já sujeitas à pobreza, a penúrias alimentares e à degradação do clima.
"Não pedimos esta violência, não temos nada a ver com isso mas somos as primeiras vítimas. Fui obrigada a fugir com meus quatro filhos e esconder-me no mato durante três dias sem alimentos nem água, antes de poder juntar-me aos meus pais que nos acolheram bem", queixou no anonimato uma senhora deslocada em Mopti, no norte do país.
Foram afetadas mais de 40 mil pessoas nas zonas de conflito em Mopti, Tomboucto e Menaka mas, graças à ajuda humanitária da União Europeia, da Noruega e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e de parceiros técnicos do Mecanismo de Intervenção Rápida, a situação está a ser controlada.
-0- PANA MA/JSG/DD 10set2018
A tragédia tem ainda a ver com o facto de o financiamento humanitário não ter conseguido satisfazer as necessidades crescentes das populações bloqueadas sem assistência, alertou Hassane Hamadou.
O número de novos deslocados representa um aumento de 60 porcento relativamente ao mesmo período do ano transato e recursos massivos foram investidos em operações militares em curso ao passo que milhares de pessoas que abandonaram seus lares sem literalmente nada para sobreviverem, lamentou
Cerca de cinco milhões e 200 mil pessoas precisam de ajuda humanitário este ano e as suas necessidades são mais importantes que nunca antes do início da crise de segurança em 2012, segundo o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação dos Assuntos Humanitários (OCHA).
Até ao momento, o apelo de ajuda das Nações Unidas para o Mali só foi atendido apenas em 30 porcento enquanto o número de pessoas deslocadas continua a aumentar.
Face ao aumento inesparado do número de pessoas obrigadas a fugir no centro e no norte do Mali,, o CNR esgotou o seu financiamento para intervenções de emergência, não estando por isso em condições de satisfazer as novas necessidades das pessoas afetadas no país desde o início de setembro corrente.
"Não há nada de mais penoso para nós, trabalhadores humanitários, que de vermos os civis sofrerem sem que possamos intervir", indignou-se Hamadou.
Segundo um comunicado do CNR, a violência e operações militares no Mali agravaram a vulnerabilidade das comunidades já sujeitas à pobreza, a penúrias alimentares e à degradação do clima.
"Não pedimos esta violência, não temos nada a ver com isso mas somos as primeiras vítimas. Fui obrigada a fugir com meus quatro filhos e esconder-me no mato durante três dias sem alimentos nem água, antes de poder juntar-me aos meus pais que nos acolheram bem", queixou no anonimato uma senhora deslocada em Mopti, no norte do país.
Foram afetadas mais de 40 mil pessoas nas zonas de conflito em Mopti, Tomboucto e Menaka mas, graças à ajuda humanitária da União Europeia, da Noruega e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e de parceiros técnicos do Mecanismo de Intervenção Rápida, a situação está a ser controlada.
-0- PANA MA/JSG/DD 10set2018