€ 5,25 milhões da UE para combater covid-19 em São Tomé e Príncipe
São Tomé, São Tomé e Príncipe (PANA) - A União Europeia (UE) desbloqueou a favor do Estado são-tomense 5,25 milhões de euros de apoio orçamental para minimizar o impacto da covid-19, soube-se de fonte oficial, em São Tomé
O financiamento resulta do diálogo político e setorial existente entre o Governo são-tomense e a UE.
Segundo o embaixador da UE, em São Tomé e Príncipe, Rosário Bento, a verba desbloqueada permitirá ao país mitigar os efeitos da covid-19, já infetou cerca de 800 pessoas em quatro meses.
Os três primeiros casos da doença, no arquipélago são-tomense, foram diagnosticados, em abril passado.
O embaixador da União Europeia falando através da plataforma digital Skype, numa reunião de trabalho os ministros são-tomenses dos Negócios Estrangeiros e Comunidades, Elsa Pinto, e das Finanças e Economia Azul, Osvaldo Vaz.
Rosário Bento explicou que os 5,25 milhões de euros correspondem a cerca de 128 milhões de dobras são-tomenses para o orçamento geral do Estado.
Por seu turno, Elsa Pinto enfatizou o que apoio da UE permitiu facilitar a ponte área para a chegada de materiais e profissionais de saúde estrangeiros para combate à covid-19, no arquipélago de 200 mil habitantes.
Classificou os donativos de “Jesus e Espírito Santo”, que, no seu entender, "ajudaram a estancar a morte e dotar o sistema nacional de saúde de equipamento fundamental que nunca antes tinha sido adquirido com recursos próprios do Estado".
Para o ministro Osvaldo Vaz, o desembolso do apoio orçamental pela UE a favor do Estado é também “sinonimo da transparência” que o Executivo são-tomense decidiu adotar para devolver a confiança aos doadores externos.
O dinheiro disponível faz parte do XI Fundo Europeu de Desenvolvimento (FED), desde a sua adoção em 2015, num total de 24,3 milhões de euros dos quais já foram desembolsados 13 milhões de euros.
A chefe da diplomacia são-tomense recordou, em declarações à imprensa, que a ajuda da UE tem sido fundamental também para alavancar e promover a produção biológica de cacau e café, produtos agrícolas de exportação de São Tomé e Príncipe.
A ajuda europeia tem sido igualmente crucial nos esforços de redução da pobreza e reforma do setor da água e saneamento e eletrificação do país, disse.
-0- PANA RMG/IZ 07agosto2020