Tripoli, Líbia (PANA) - Quatrocentas e dezasseis pessoas morreram em 2020 na Líbia, em operações militares, anunciou neste sábado a Comissão Nacional dos Direitos Humanos, uma Organização Não Governamental (ONG) líbia.
Num comunicado, a Comissão Nacional dos Direitos Humanos disse que, deste número, 114 eram corpos não identificados, e que 89 outros encontrados em valas comuns com sinais de impacto de balas e de tortura.
A ONG confirmou o registo de 105 casos de rapto e desaparecimento forçado de que foram vítimas jornalistas, médicos, ativistas da sociedade civil, advogados e magistrados.
O comunicado relatou 491 feridos em consequência destas operações militares, nomeadamente tiros indiscriminados, minas e restos de guerra.
Também mencionou o registo de 121 casos de ataques contra instalações, locais e infraestruturas civis.
A Líbia encontra-se num caos De segurança desde 2011, exatamente após a revolução de 17 de fevereiro que derrubou o então regime de Muamar Kadafi, causando o colapso de estruturas estatais e de órgãos do Exército da Polícia.
Esta situação de insegurança foi exacerbada pela guerra de Tripoli, despoletada por uma ofensiva militar lançada a 4 de abril de 2019 pelo autoproclamado comandante do Exército Nacional Líbio, o marechal Khalifa Haftar, baseado no leste do país.
Foi então que o país mergulhou em intensos confrontos militares durante 13 meses, refere-se.
-0- PANA BY/JSG/DIM/DD 09janeiro2021