360 mil crianças beneficiam de primeira vacina contra malária em África
Kigali, Rwanda (PANA) – O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, indicou que, nos últimos 15 anos, os mosquiteiros impregnados de inseticida, bem como outras medidas de prevenção contra o paludismo, tiveram enormes vantagens.
"Necessitamos de novas soluções para relançarmos a luta antipalúdica, um instrumento promissor para sermos bem sucedidos”, declarou Ghebreyesus, quando comentava os esforços envidados no mundo no quadro do combate aos mosquitos.
Pelo menos 360 crianças, de três países africanos, designadamente Malawi, Quénia e Gana, serão vacinadas, pela primeira vez, contra a malária no quadro dum projeto piloto em grande escala, anunciou.
Pela primeira vez, uma vacina antipalúdica será testada para a sua introdução eventual nos programas nacionais de vacinação, de acordo com a OMS.
O Malawi foi o primeiro país a introduzir este primeiro tipo de vacina a favor de crianças, nomeadamente menores dos dois anos idade, enquanto o Quénia e o Gana o farão nas próximas semanas, indicou a fonte.
São os ministérios da Saúde dos respetivos países que vão designar os sítios onde a vacina será administrada, declarou a agência onusina.
Mesmo que a vacina ofereça uma proteção parcial contra a doença, testes clínicos mostraram que a sua eficácia permitiu prevenir cerca de quatro casos de paludismo em cada 10, segundo ainda estimações da OMS.
O paludismo é uma doença parasitária transmitida pela picada de mosquitos fémeas, chamado anoféles.
É ao mesmo tempo evitável e tratável, mas estima-se em 435 mil o número de pessoas que morrem anualmente desta patologia, segundo estimações oficiais.
Crianças menores dos cinco anos de idade correm o grande risco de complicações lá onde a maioria destas mortes ocorrem em África, segundo a mesma fonte.
Em África, mais de 250 mil crianças morrem anualmente desta doença, sublinha a agência onusina.
-0- PANA TWA/BEH/MAR/DD 23abril2019