PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
35 porcento de crianças no Quénia com atraso de
crescimento Nairobi- Quénia (PANA) -- Cerca de 35 por cento das crianças quenianas menores de 10 anos apresentam um atraso de crescimento, indica um novo relatório transmitido segunda-feira à PANA em Nairobi.
Este relatório de Japheth Mati analisa as disparidades nacionais, regionais e sociais no acesso à saúde neste país da Áfica Oriental que tem uma população estimada em 40 milhões de habitantes.
O relatório conclui que o Governo explora para fins políticos problemas de saúde sérios e, no processo, compromete o futuro de toda uma geração.
O relatório intitulado "O Direito à Saúde" e publicado por Mars Group Kenya, uma Organização Não Governamental (ONG), estima que apenas 46 por cento das mulheres casadas no Quénia têm acesso a serviços contraceptivos.
A análise de Mati baseou-se no inquérito demográfico e sanitário realizado no Quénia em 2008.
O perito sanitário, que levanta questões sérias sobre a maneira como a política determina o financiamento dos serviços de saúde tendo em conta as províncias, indica que "35 por cento dos petizes quenianos apresentam um atraso de crescimento, dos quais 14 por cento acusam um atraso severo".
Como noutros países africanos signatários da Declaração de Abuja de 2001 que apelou aos Governos africanos para consagrarem 15 por cento dos seus orçamentos nacionais ao sector da saúde, o perito sublinha que existem igualmente disparidades notáveis entre as populações urbanas e rurais, bem como entre os ricos e os pobres.
"Os níveis de atraso são ligeiramente mais elevados nas crianças na zona rural do que nos petizes na zona urbana.
A prevalência do atraso de crescimento varia segundo as províncias que vai de 29 por cento em Nairobi a 42 por cento na Província Oriental", indica o relatório.
O Quénia é divido em oito províncias administrativas, cuja mais rica economicamente é a Província Central, donde são originários o actual Presidente da República, Mwai Kibaki, e o Presidente fundador da nação queniana, Jomo Kenyatta.
A mais pobre é a Província do Nordeste, com vastas superfícies de terras áridas e semi-áridas.
As crianças na capital, Nairobi têm um acesso fácil a melhores serviços de saúde enquanto as dos bairros de lata são menos dotadas do que as dos bairros mais favorecidos.
O inquérito demográfico e sanitário de 2008 mostra igualmente que há uma certa diminuição da mortalidade infantil comparativamente aos níveis observados durante estudos realizados em 1998 e 2003.
A taxa de mortalidade infantil passou de 77 mortos em cada mil nados vivos em 2003 para 52 falecimentos em cada mil nascimentos vivos em 2008.
"A situação apresenta-se numa proporção de pelo menos uma criança em cada 14 nados vivos no Quénia entre 2003 e 2008 faleceu antes de celebrar o seu quinto aniversário", segundo Mati.
Ele acusou nomeadamente o Governo de não assumir os seus compromissos internacionais e de não cumprir com as suas obrigações nacionais.
"A realização dum acesso equitativo para todos aos serviços de saúde vai necessitar de um aumento dos financiamentos.
O Quénia é um dos países africanos cujos líderes comprometeram-se em 2001 em Abuja (Nigéria) a conceder 15 por cento do seu orçamento nacional ou a consagrar 34 dólares americanos per capita à melhoria do seu sector da saúde.
Actualmente, o Quénia está bem longe de ter atingido este objectivo", revelou.
Este relatório de Japheth Mati analisa as disparidades nacionais, regionais e sociais no acesso à saúde neste país da Áfica Oriental que tem uma população estimada em 40 milhões de habitantes.
O relatório conclui que o Governo explora para fins políticos problemas de saúde sérios e, no processo, compromete o futuro de toda uma geração.
O relatório intitulado "O Direito à Saúde" e publicado por Mars Group Kenya, uma Organização Não Governamental (ONG), estima que apenas 46 por cento das mulheres casadas no Quénia têm acesso a serviços contraceptivos.
A análise de Mati baseou-se no inquérito demográfico e sanitário realizado no Quénia em 2008.
O perito sanitário, que levanta questões sérias sobre a maneira como a política determina o financiamento dos serviços de saúde tendo em conta as províncias, indica que "35 por cento dos petizes quenianos apresentam um atraso de crescimento, dos quais 14 por cento acusam um atraso severo".
Como noutros países africanos signatários da Declaração de Abuja de 2001 que apelou aos Governos africanos para consagrarem 15 por cento dos seus orçamentos nacionais ao sector da saúde, o perito sublinha que existem igualmente disparidades notáveis entre as populações urbanas e rurais, bem como entre os ricos e os pobres.
"Os níveis de atraso são ligeiramente mais elevados nas crianças na zona rural do que nos petizes na zona urbana.
A prevalência do atraso de crescimento varia segundo as províncias que vai de 29 por cento em Nairobi a 42 por cento na Província Oriental", indica o relatório.
O Quénia é divido em oito províncias administrativas, cuja mais rica economicamente é a Província Central, donde são originários o actual Presidente da República, Mwai Kibaki, e o Presidente fundador da nação queniana, Jomo Kenyatta.
A mais pobre é a Província do Nordeste, com vastas superfícies de terras áridas e semi-áridas.
As crianças na capital, Nairobi têm um acesso fácil a melhores serviços de saúde enquanto as dos bairros de lata são menos dotadas do que as dos bairros mais favorecidos.
O inquérito demográfico e sanitário de 2008 mostra igualmente que há uma certa diminuição da mortalidade infantil comparativamente aos níveis observados durante estudos realizados em 1998 e 2003.
A taxa de mortalidade infantil passou de 77 mortos em cada mil nados vivos em 2003 para 52 falecimentos em cada mil nascimentos vivos em 2008.
"A situação apresenta-se numa proporção de pelo menos uma criança em cada 14 nados vivos no Quénia entre 2003 e 2008 faleceu antes de celebrar o seu quinto aniversário", segundo Mati.
Ele acusou nomeadamente o Governo de não assumir os seus compromissos internacionais e de não cumprir com as suas obrigações nacionais.
"A realização dum acesso equitativo para todos aos serviços de saúde vai necessitar de um aumento dos financiamentos.
O Quénia é um dos países africanos cujos líderes comprometeram-se em 2001 em Abuja (Nigéria) a conceder 15 por cento do seu orçamento nacional ou a consagrar 34 dólares americanos per capita à melhoria do seu sector da saúde.
Actualmente, o Quénia está bem longe de ter atingido este objectivo", revelou.