Agência Panafricana de Notícias

34 mortos em ataques armados no norte da Nigéria

Lagos, Nigeria (PANA) - Pelo menos 34 pessoas foram mortas sexta-feira última em Potiskum, uma cidade do Estado de Yobe, no norte da Nigéria por homens armados pretensamente membros da seita islamita Boko Haram, noticiou este domingo o jornal Sunday Trust, citando fontes do Hospital Geral da cidade.

Este massacre parece seguir-se aos confrontos entre islamitas e as forças de segurança que levam a cabo, desde quarta-feira última, uma operação de bloqueio e patrulhas nesta cidade, de acordo com a fonte.

"Havia cerca de 34 cadáveres sábado último de manhã e em redor da morgue do Hospital Geral", indicam fontes junto da unidade hospitalar.

Entre as pessoas mortas por assaltantes armados figuram um chefe dos Serviços das Alfândegas reformado e um seu filho, um sargento da Polícia reformado, a sua mulher e seus três filhos, bem como um motorista de trator e seis dos seus filhos.

Testemunhas declararam que os assassinatos foram cometidos simultaneamente e "num estilo de commando" apesar da restrição das deslocações na cidade, ordenada pelas forças de segurança.

O fiscalizador-geral reformado dos serviços das alfândegas da Nigéria, Waziri Ajiya, e o seu filho, Ibrahim, teriam sido conduzidos nas primeiras horas de sábado à periféria de Potiskum para ser abatidos.

Da mesma maneira, o sargento de Polícia reformado, Haruna Adamu, a sua mulher e três filhos seus foram igualmente atacados por desconhecidos na sua residência em Potiskum.

O motorista do trator em serviço no Departamento da Agricultura do Governo local em Potiskum foi igualmente morto na sua casa e seis dos seus filhos foram abatidos nos mesmos locais em ld Barrack Settlement em Potiskum.

As forças de segurança, que intensificaram recentemente os seus ataques contra Boko Haram na maioria dos Estados do norte onde a seita está ativa, anunciaram ter morto ou detido vários responsáveis da seita.

Boko Haram matou mais de mil e 500 pessoas em ataques à bomba e às armas de fogo desde 2009, quando lançou a sua campanha de violência em represália contra o assassinato pelas forças de segurança do seu chef, Mohammed Yusuf, noticiou o jornal.

-0- PANA SEG/ASA/JSG/MAR/DD 21out2012