PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
300 pessoas vítimas de envenenamento com chumbo na Nigéria
Lagos- Nigéria (PANA) -- O envenenamento com chumbo resultante das atividades mineiras ilegais fez 300 vítimas e destruiu o ambiente em cinco comunidades no Estado de Zamfara, no norte da Nigéria, nos últimos três meses, noticiou segunda-feira a imprensa local.
Segundo a imprensa, só no último fim de semana, mais de 160 casos de envenenamento foram confirmados nas comunidades afetadas de Yargalmal, na localidade de Bukkuyum; e nas aldeias de Dareta, Tungar Daji, Sunke e Abare, na localidade de Anka.
O diário privado Guardian que cita responsáveis destas comunidades indica que centenas de bovinos, ovinos, aves e outros animais morreram devido à contaminação das fontes de água potável e do ambiente pelo chumbo.
Mineiros ilegais invadiram as comunidades em busca de ouro, e o chefe da aldeia de Dareta, Alhaji Muhammad Bello, declarou que três camiões carregados de "rochas de ouro" dirigiram-se para a capital estadual, Gusau, onde estas foram vendidas.
Mas as autoridades do Estado anunciaram, domingo, que 163 pessoas, na sua maioria crianças, morreram em cerca de 400 afetadas nas cinco aldeias das duas localidades, depois do derramamento do minério de chumbo nos diferentes "sítios mineiros" na zona.
O Comissário para a Sáude do Estado, Sa'ad Idri Dan'isa, indicou que, depois das informações sobre mortes de crianças que apresentam sintomas como dores abdominais, vómitos e convulsões, entre outros, na aldeia de Yargalma, o Governo decidiu abrir um inquérito.
Ele declarou que, com a ajuda da Organização não Governamental Médicos Sem Fronteiras (MSF), amostras de sangue foram enviadas a um laboratório de referência na Alemanha, que confirmou que as crianças afetadas tinham sido envenenadas com chumbo.
A 5 de Junho de 2010, um total de 355 casos presumíveis e prováveis foram registados e 163 falecimentos confirmados, segundo ele.
Dan'isa anunciou que o Governo estadual concedeu 240 milhões de nairas (um dólar americano equivale a cerca de 150 nairas) para o tratamento das pessoas envenenadas, acrescentando que todo o pessoal médico dos Hospitais Gerais de Bukkuyum e de Anka foi desdobrado na região para quatro semanas, com vista a travar a vaga de mortes nas localidades afetadas.
Ele acrescentou que o governador local, Mahmud Aliyu Shinkafi, instaurou igualmente um Comité de Reação de Emergência que compreende todas as partes interessadas.
"Com a ajuda do Ministério Federal da Saúde e alguns parceiros como o Centro Americano para o Controlo das Doenças, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a MSF, iniciou-se atividades para identificar a superfície de envenenamento com chumbo e limitar os seus efeitos nas duas localidades", disse.
Segundo ele, trata-se dum inquérito junto das famílias, de amostras sanguíneas e dum controlo do ambiente.
"Os primeiros testes sanguíneos mostraram que 61 porcento das crianças de menos de cinco anos de idade nas quais foram efetuadas amostras apresentavam taxas elevadas de chumbo no sangue.
Começamos igualmente um tratamento para estas crianças na região de Bukkuyum", acrescentou.
Os analistas declararam que a exploração mineira ilegal se desenvolveu muito porque ela é apoiada por poderosos responsáveis militares e políticos, que partilharam parcelas ricas em ouro.
Segundo ele, a implicação dum cartel poderoso torna impossível bloquear as atividades mineiras ilegais.
Segundo a imprensa, só no último fim de semana, mais de 160 casos de envenenamento foram confirmados nas comunidades afetadas de Yargalmal, na localidade de Bukkuyum; e nas aldeias de Dareta, Tungar Daji, Sunke e Abare, na localidade de Anka.
O diário privado Guardian que cita responsáveis destas comunidades indica que centenas de bovinos, ovinos, aves e outros animais morreram devido à contaminação das fontes de água potável e do ambiente pelo chumbo.
Mineiros ilegais invadiram as comunidades em busca de ouro, e o chefe da aldeia de Dareta, Alhaji Muhammad Bello, declarou que três camiões carregados de "rochas de ouro" dirigiram-se para a capital estadual, Gusau, onde estas foram vendidas.
Mas as autoridades do Estado anunciaram, domingo, que 163 pessoas, na sua maioria crianças, morreram em cerca de 400 afetadas nas cinco aldeias das duas localidades, depois do derramamento do minério de chumbo nos diferentes "sítios mineiros" na zona.
O Comissário para a Sáude do Estado, Sa'ad Idri Dan'isa, indicou que, depois das informações sobre mortes de crianças que apresentam sintomas como dores abdominais, vómitos e convulsões, entre outros, na aldeia de Yargalma, o Governo decidiu abrir um inquérito.
Ele declarou que, com a ajuda da Organização não Governamental Médicos Sem Fronteiras (MSF), amostras de sangue foram enviadas a um laboratório de referência na Alemanha, que confirmou que as crianças afetadas tinham sido envenenadas com chumbo.
A 5 de Junho de 2010, um total de 355 casos presumíveis e prováveis foram registados e 163 falecimentos confirmados, segundo ele.
Dan'isa anunciou que o Governo estadual concedeu 240 milhões de nairas (um dólar americano equivale a cerca de 150 nairas) para o tratamento das pessoas envenenadas, acrescentando que todo o pessoal médico dos Hospitais Gerais de Bukkuyum e de Anka foi desdobrado na região para quatro semanas, com vista a travar a vaga de mortes nas localidades afetadas.
Ele acrescentou que o governador local, Mahmud Aliyu Shinkafi, instaurou igualmente um Comité de Reação de Emergência que compreende todas as partes interessadas.
"Com a ajuda do Ministério Federal da Saúde e alguns parceiros como o Centro Americano para o Controlo das Doenças, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a MSF, iniciou-se atividades para identificar a superfície de envenenamento com chumbo e limitar os seus efeitos nas duas localidades", disse.
Segundo ele, trata-se dum inquérito junto das famílias, de amostras sanguíneas e dum controlo do ambiente.
"Os primeiros testes sanguíneos mostraram que 61 porcento das crianças de menos de cinco anos de idade nas quais foram efetuadas amostras apresentavam taxas elevadas de chumbo no sangue.
Começamos igualmente um tratamento para estas crianças na região de Bukkuyum", acrescentou.
Os analistas declararam que a exploração mineira ilegal se desenvolveu muito porque ela é apoiada por poderosos responsáveis militares e políticos, que partilharam parcelas ricas em ouro.
Segundo ele, a implicação dum cartel poderoso torna impossível bloquear as atividades mineiras ilegais.