Agência Panafricana de Notícias

2500 migrantes mortos no Mediterrâneo em 2016

Tripoli, Líbia (PANA) – Cerca de 204 mil emigrantes e refugiados chegaram este ano aos países da União Europeia (UE), atravessando o Mar Mediterrâneo, enquanto mais de dois mil e 500 outros faleceram durante a mesma viagem em 2016, anunciou no fim de semana um porta-voz do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), Williams Spindler.

Durante uma conferência de imprensa em Genebra, na Suíça, Spindler afirmou que « 2016 foi um ano mais mortífero, em particular, com a morte de cerca de duas mil e 510 pessoas » durante os primeiros cinco meses, contra mil e 855 no mesmo período registados no ano anterior.

Na semana passada, cerca de 880 pessoas morreram afogadas em vários navios quando tentavam deslocar-se clandestinamente à Itália, de acordo com a fonte.

Cerca de 204 mil emigrantes e refugiados chegaram, desde o início deste ano, ao território da UE e 75 porcento dentre elas provenientes da Grécia antes de finais de março
último.

Mas desde então, o fluxo migratório na Grécia foi entravado de maneira espetacular com um acordo entre a UE e a Turquia sobre o regresso de qualquer emigrantes que tenha chegado à Grécia depois de 20 de março último e não tenha apresentado um pedido de asilo ou tenha visto o seu pedido de asilo rejeitado para ser reenviado ao território turco.

A migração para a Itália registou 46 mil e 714 viajantes clandestinos e refugiados desde janeiro último, quase o mesmo número que o do ano anterior, segundo o ACNUR.

Assim, o fluxo migratório da Líbia preservou uma relativa estabilidade desde o ano transato, com uma diferença no tráfico de emigrantes através dos Balcãs, e a maioria dos migrantes que chegam à Itália vêm de África para além do deserto de Sara.

Porém, “o caminho da África do Norte rumo à Itália é muito mais perigoso », segundo Spindler, que explicou que « 2119 mortos foram registados este ano neste trajeto”.

-0- PANA BY/JSG/MAR/DD 04junho2016