250 tropas esperados no Mali para reforçar missão de paz da ONU
Londres, Reino Unido (PANA) - Um contingente de 250 militares britânicos são esperados no Mali em 2020 para apoiar a Missão Multidimensional Integrada das Nações Unidas para a Estabilização deste país (MINUSMA), soube a PANA de fonte oficial em Londres.
Segundo um comunicado publicado segunda-feira pelo site Internet do ministério da Defesa do Reino Unido, os soldados vão ser desdobrados neste país da África Ocidental devido ao aumento da instabilidade na região do Sahel e da África do Norte, com o objetivo de restabelecer “uma paz duradoura e a longo prazo no Mali”.
Estas tropas, que estarão baseadas em Gao, na parte leste do Mali, terão a pesada missão de “colmatar o défice enorme do pessoal a que faz face a missão (MINUSMA)”, segundo a nota.
Eles vão juntar-se a um contingente internacional do pessoal militar e da Polícia de mais de 15 mil pessoas, para um período inicial de três anos, de acordo com a fonte.
Esta nova contribuição do Reino Unido para a MINUSMA vai criar uma capacidade de reconhecimento de longo alcance, e aumentar uma maior sensibilização a eventuais ameaça, devendo igualmente contribuirpara a proteção dos civis.
Num vídeo difundido segunda-feira última pela MINUSMA, o secretário do Reino Unido para a Defesa, Penny Mordaunt, declarou que o seu país não poupará esforços para colocar à disposição destas tropas todos os meios necessários a um bom cumprimento da sua missão.
Também promete que elas terão um impacto no terreno , ao criarem a resiliência e estabelecerem uma parceria com as comunidades, mas também ao participar na luta contra ameaças à segurança.
O comunicado do Governo do Reino Unido informa igualmente que os soldados apoiarão o mandato das Nações Unidas no Mali, incluindo a assumir questões relativas à segurança das pessoas, nomeadamente a política de tolerância zero em relação à violência sexual e o apoio aos direitos das mulheres e das crianças.
Durante um encontro com o Conselho de Segurança das Nações Unidas, a10 de julho último, o comandante da Força Militar da MINUSMA, o tenente-general Dennis Gyllenspore, declarou que a missão registou inúmeras perdas nas suas tropas devido a ataques frequentes, diretos e complexos, perpetrados a nível das suas bases”.
Acrescentou que as suas forças precisam de encontrar diferentes e novas vias de operar em para se tornarem mais ágeis e imprevisíveis, e reagirem de forma mais rápida.
-0- PANA MA/BAI/BEH/SOC/FK/DD 23julho2019