PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
210 mortos em conflito intercomunitário no centro-norte do Burkina Faso
Ouagadougou, Burkina Faso (PANA) - O conflito intercomunitário da noite do Ano Novo, em Yirgou, no centro-norte do Burkina Faso, fez 210 mortos entre a comunidade peulh, declarou sexta-feira o Coletivo contra a Impunidade e Estigmatização das Comunidades (CISC), apelando ao Governo para "atualizar os seus dados (49 mortos)".
"Se o genocídio de Yirgou não é punido, todos os comanditários vão responder por crime contra a humanidade", advertiu durante uma conferência de imprensa, em Ouagadougou, Hassan Barry, presidente do CISC.
A 1 de janeiro de 2019, um grupo de pessoas não identificadas perpetrou um ataque armado contra a casa do chefe da aldeia de Yirgou, localidade situada na região do centro-norte, e ataque fez, segundo fontes oficiais, sete mortos, incluindo o chefe de aldeia de Yirgou.
Depois deste ataque, populações da localidade, nomeadamente os Mossi, suspeitando que os membros da comunidade peulh da localidade teriam sido cúmplices da sinistra ação terrorista, empreendem uma operação de vingança.
Assim, em represália, pelo menos oito aldeias peulh foram atacadas pelos membros dos grupos de autodefesa Koglweogo da comunidade Mossi. O último balanço oficial dava conta de 49 mortos e vários feridos no seio da comunidade peulh e bem como fortes danos materiais.
"Os koglweogos fizeram tudo para esconder os corpos em poços perdidos para apagar as provas. Fizeram tudo para evitar que poucas pessoas escapassem. Este massacre foi planificado e organizado", declarou Daouda Diallo, porta-voz do CISC, que sustenta que que foram "210 pessoas mortas" e não 49.
As organizações dos direitos humanos apelaram às autoridades para esclarecer este caso.
Em meados de janeiro deste ano, vários milhares de pessoas manifestaram-se nas ruas de Ouagadougou, a capital burkinabe, e de Bobo Dioulasso (segunda cidade do país) para reclamar pela justiça depois destes massacres e denunciar a estigmatização de algumas comunidades.
-0- PANA NDT/BEH/MAR/IZ 03fev2019
"Se o genocídio de Yirgou não é punido, todos os comanditários vão responder por crime contra a humanidade", advertiu durante uma conferência de imprensa, em Ouagadougou, Hassan Barry, presidente do CISC.
A 1 de janeiro de 2019, um grupo de pessoas não identificadas perpetrou um ataque armado contra a casa do chefe da aldeia de Yirgou, localidade situada na região do centro-norte, e ataque fez, segundo fontes oficiais, sete mortos, incluindo o chefe de aldeia de Yirgou.
Depois deste ataque, populações da localidade, nomeadamente os Mossi, suspeitando que os membros da comunidade peulh da localidade teriam sido cúmplices da sinistra ação terrorista, empreendem uma operação de vingança.
Assim, em represália, pelo menos oito aldeias peulh foram atacadas pelos membros dos grupos de autodefesa Koglweogo da comunidade Mossi. O último balanço oficial dava conta de 49 mortos e vários feridos no seio da comunidade peulh e bem como fortes danos materiais.
"Os koglweogos fizeram tudo para esconder os corpos em poços perdidos para apagar as provas. Fizeram tudo para evitar que poucas pessoas escapassem. Este massacre foi planificado e organizado", declarou Daouda Diallo, porta-voz do CISC, que sustenta que que foram "210 pessoas mortas" e não 49.
As organizações dos direitos humanos apelaram às autoridades para esclarecer este caso.
Em meados de janeiro deste ano, vários milhares de pessoas manifestaram-se nas ruas de Ouagadougou, a capital burkinabe, e de Bobo Dioulasso (segunda cidade do país) para reclamar pela justiça depois destes massacres e denunciar a estigmatização de algumas comunidades.
-0- PANA NDT/BEH/MAR/IZ 03fev2019