21 jovens sul-africanos morrem devido a circuncisões mal feitas

Cidade do Cabo, África do Sul (PANA) – Vinte e um jovens morreram em dezembro corrente, maioritariamente na província oriental da África do Sul, na sequência de negligências durante cerimónias de circuncisão, confirmaram autoridades sul-africanas.

A prática é frequente na África do Sul, e as taxas de complicação são mais elevadas quando a operação é feita por uma pessoa que não seja um profissional da saúde, em condições de esterilização duvidosa ou em crianças com idades já avançadas.

Pelo menos 17 adolescentes sucumbiram aos seus ferimentos nesta província, enquanto outros morreram nas províncias do norte e do oeste do Cabo Oriental.

O Congresso de Sobas da África do Sul (CONTRALESA, sigla em inglês) acusou o Governo de não ter conseguido fornecer recursos ou programas com o objetivo de reduzir o número de vítimas desta prática no país.

O responsável do CONTRALESA, Xolila Ndevu, exortou o Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, a declarar a tragédia como uma catástrofe nacional.

A circuncisão reduz o risco de infeção com o HIV/Sida para homens heterossexuais na África do Sul.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que se reconsidere a circuncisão no quadro dum programa pormenorizado de prevenção do HIV em zonas com taxas elevadas desta patologia.

-0- PANA CU/AR/ASA/TBM/SOC/FK/DD 20dez2018