Agência Panafricana de Notícias

2010, ano de África em França

Paris- França (PANA) -- França decidiu consagrar 2010 "ano de África em França" a fim de contribuir, como poder, para a celebração do cinquentenário das independências da maioria das suas ex-colónias.
A decisão de lançar o "ano de África em França" foi solenemente anunciada pelo Presidente francês, Nicolas Sarkozy, que confiou depois a sua aplicação ao ex-ministro francês da Justiça, Jacques Toubon, igualmente presidente da Cidade Nacional da História da Imigração.
Para as autoridades francesas, o "ano de África em França" deverá permitir "a conclusão da reforma dos principais instrumentos da relação (franco-africana), tanto no plano económico como político, já activada pela renegociação dos acordos de defesa".
Paris pretende igualmente, durante todo o ano de 2010, celebrar "a história comum" franco-africana, em particular a contribuição importante de África para a libertação de França e a marcha para as independências africanas.
França pretende, por outro lado, aproveitar esta celebração para valorizar a "dimensão humana" dos laços franco-africanos através da posição de África em França e do papel dos Franceses de origem africana na República francesa.
Depois de ter instalado os seus escritórios no Ministério dos Negócios Estrangeiros, o "comissário" do "ano de África em França" lançou um apelo às associações da diáspora para que elas proponham actividades a inscrever no calendário das manifestações.
Segundo o seu programa provisório, o "ano de África em França" será marcado pela organização a 14 de Julho em Paris duma Cimeira entre o Presidente Sarkozy e os seus homólogos das 14 ex-colónias da África Francófona.
No mesmo contexto, está também prevista uma participação das tropas destes 14 países no desfile de 14 de Julho nos Campos Eliseu está.
A celebração do ano de África em França responde a um pedido exprimido em Junho último pelo corpo diplomático africano acreditado junto das autoridades francesas.
Os embaixadores africanos achavam com efeito "injusto" "que não haja o ano de África em França" ao passo que já houve "o ano da China em França", "o ano do Brasil" e "o ano do México".
O pedido do corpo diplomático africano não grangeia todavia a unanimidade, porque várias Organizações Não Governamentais (ONG) africanas e francesas estimam que o "ano de África em França" visa sobretudo celebrar "a Françafrica", sendo este último o sinónimo das relações "opacas" entre Paris e as suas antigas colónias.