Agência Panafricana de Notícias

2009 ano mais mortífero para imprensa africana desde 1999

Nova Iorque- Estados Unidos (PANA) -- O ano 2009 foi o mais mortífero para os jornalistas da África subsariana desde 1999, indica o Comité para a Proteção dos Jornalistas (CPJ) num relatório divulgado em Nova Iorque, sublinhando que nenhum dos assassinos foi julgado.
Na África subsariana, 12 jornalistas foram assassinados por causa do seu trabalho contra 13 em 1999.
Segundo o CPJ, este ano, o conflito na Somália fez o maior número de vítimas, enquanto outros jornalistas foram mortos na Nigéria e no Quénia quando investigavam sobre casos de corrupção ou cobriam a crise política em Madagáscar.
O CPJ afirma estar a investigar sobre os casos de dois jornalistas no Congo e na República Democrática do Congo (RDC) para determinar se as suas mortes estão ligadas ao exercício da sua profissão.
Na Somália, nove jornalistas locais foram assassinados em situações de combate.
"Estes nove falecimentos na Somália são uma perda enorme para o pequeno grupo de jornalistas que arriscam todos os dias as suas vidas saindo à rua", disse o director adjunto do CPJ, Robert Mahoney, citado no relatório.
"As suas reportagens corajosas expõem-nos não apenas aos tiros cruzados e à violência gratuita, como também a assassinos designados por parte dos insurgentes que querem controlar a mensagem", acrescentou.