20 mortos em confrontos comunitários no norte do Burkina Faso
Ouagadougou, Burkina Faso (PANA) – Mais ou menos 20 pessoas, da comunidade Kogleweogo (milícia de autodefesa) morreram, segunda-feira, em represália contra um ataque terrorista, ocorrido no mesmo dia, em que pereceram um líder religioso e seus próximos, da comunidade Fula, anunciou nesta terça-feira a Associação de Defesa dos Direitos Humanos, pertencente à comunidade Fula.
"Desde a manhã de 1 de abril corrente, a comuna de Arbinda foi palco de ataques em represália contra a comunidade Fula na sequência do assassinato dum líder religioso e de mais menos dois outros membros da sua família por indivíduos armados não identificados”, sublinha a Organização Não Governamental (ONG).
Arbinda é uma comuna situada na província de Soum, na região do Sahel, no norte do Burkina Faso.
"O massacre da comunidade Fula foi perpetrado por alguns elementos Kogleweogo e por uma parte da população das aldeias de Bodeyol, Tengasouka, Tissi, Lelé e Aladjo, entre as mais afetadas", precisa a Kisal.
Segundo testemunhos recolhidos pela PANA, um dispostivo de segurança foi desdobrado no local com o fito de interpor, com disparos de intimidações”, acrescenta a fonte.
A ONG felicitou as Forças de Defesa e de Segurança (FDS), exortando-as a reforçarem o seu número e as suas posições, a fim de evitarem a morte das populações inocentes.
"Face a esta barbárie humana inominável, a comunidade internacional é mais do que nunca interpelada e deve agir a fim de que o respeito pela vida humana seja uma realidade”, sublinha.
Nenhuma reação oficial foi registada até ao momento do lado do Governo burkinabe.
Na noite do Ano Novo de 2019, 50 Fulas morreram num conflito similar no centro-norte do Burkina Faso, segundo o Governo.
Mais, organizações da sociedade civil apontam para 200 mortos.
-0- PANA TNDD/JSG/FK/DD 2abril2019