Agência Panafricana de Notícias

2 jornalistas franceses assassinados no Mali

Bamako, Mali (PANA) – Os participantes na sexta reunião do Grupo de Apoio e Acompanhamento sobre a situação no Mali exprimiram a sua “profunda consternação”, na sequência do assassinato de dois jornalistas franceses raptados sábado em Kidal, uma localidade ainda sob a influência de grupos terroristas.

Num comunicado divulgado no termo da sua reunião realizada em Bamako, a capital maliana, os participantes «condenaram com firmeza este ato cobarde » e apresentou as suas condolências às famílias das vítimas, ao Governo e ao povo franceses.

O Grupo de Apoio e Acompanhamento exprimiu a sua profunda preocupação pela situação prevalecente em Kidal, onde a autoridade do Estado não está inteiramente restabelecida, sublinhando que uma tal situação oferece aos grupos terroristas oportunidades para perpetrar atos criminosos.

Segundo o comunicado transmitido este domingo à PANA, a reunião pediu aos grupos armados, nomeadamente o Movimento Nacional de Libertação de Azawad (MNLA), para deixar imediata e incondicionalmente a governado (distrito) e a rádio em Kidal, para demonstrar a sua seriedade e o seu respeito pelo compromisso assumido no Acordo de Ougadougou, assinado a 18 de junho de 2013, na capital burkinabe.

Este acordo estipula que o Governo e todas as partes envolvidas na crise vivida no país devem velar pela restauração efetiva da autoridade do Estado no norte do país.

A reunião destinada a identificar as melhores vias de apoiar o Mali reiterou seu apelo às autoridades malianas para acelerarem o desdobramento efetivo da administração no norte do país, reabilitar e restaurar os serviços básicos, sobretudo as escolas e os centros de saúde.

Tais medidas são vitais para criar um clima propício ao regresso à normalidade, nomeadamente o regresso livre e voluntário das pessoas deslocadas internas e dos refugiados, afirmam os participantes.

-0- PANA AR/SEG/ASA/SSB/FK/IZ 3nov2013