2 de junho proposto como data de presidenciais no Senegal
Dakar, Senegal (PANA) - As eleições presidenciais poderão realizar-se a 2 de junho de 2024 no Senegal, conforme uma proposta feita durante o diálogo nacional convocado pelo Presidente senegalês, Macky Sall.
A proposta foi feita mas continua a crise resultante do adiamento para dezembro próximo deste escrutinho pela Assembleia Nacional, a pedido de Macky Sall.
Segundo a Agência de Notícias Senegal (APS, sigla em francês) os participantes neste diálogo, de dois dias, ou seja, de segunda a terça-feiras última, propuseram ao chefe de Estado para exaram um decreto para este escrutínio inicialmente previsto para 25 de fevereiro corrente.
Muitos grupos boicotaram este diálogo nacional, que visava propor uma nova data para as presidenciais e determinar o que se passará depois de 2 de abril próximo, data do fim do segundo mandatao presidencial de Macky Sall.
Entre os ausentes figuram 17 dos 19 candidatos retidos pelo Conselho Constitucional para as eleições de 25 fevereiro e várias organizações da sociedade civil.
Certos participantes declararam ficar para verem como serão integrados os candidatos "injustamente excluídos" deste escrutínio.
Na semana finda, o Presidente senegalês reiterou o seu compromisso de deixar o poder no fim do seu mandato, a 2 de abril, declarando recusar-se a "ser tentado por umterceiro mandato."
Justificou a sua decisão de retardar as eleições por suspeitas de corrupção concernentes a magistrados, precisamente os que examinaram os processos de candidatura de 93 candidatos, para contestar a votação.
O Parlamente votou o adiamento para 15 de dezembro de 2024, como o propôs o chefe do Estado, durante uma sessão caótica durante a qual as forças de segurança expulsaram legisladores da oposição.
Manifestações decorrentes deste incidente eclodiram em Dakar, e noutras cidades do interior do país, como Mbour, Mbacké, Tivaoune, Touba (leste de Dakar), Saint-Louis (norte) e Ziguinchor (sul).
As forças de segurança terão intervindo de maneira excessiva dispersarem os manifestantes.
A Internet foi cortada durante vários dias, e três pessoas morreram durante estas convulsões.
Por sua vez, o Conselho Constitucional declarou "inconstitucional" a lei controversa votada pelo Parlamento e que adiou o almejado escrutínio de 25 de fevereiro para 15 de dezembro próximo.
Anulou igualmente o decreto do Presidente Macky Sall que ab-rogava uma lei em vertudo da qual as eleições estavam previstas para 25 de fevereiro, e pediu às autoridades para organizarem as mesmas assim que forem possíveis.
A decisão do Presidente Sall foi condenada pela comunidade internacional e deu azo a uma série de atividades diplomáticas que visam acalmar a tensão no Senegal.
Do seu lado, o Presidente Macky Sal comprometeu-se a respeitar o veredito do Conselho Constitucional.
-0- PANA MA/BAI/JSG/DD 28fev2024