18 detidos por "tentativa de insurreição" no Togo
Lomé, Togo (PANA) - A Polícia togolesa apresentou à imprensa, terça-feira, 18 pessoas detidas recentemente por "tentativa de insurreição" contra as instituições da República, em Lomé, a capital, e em Sokodé, na região central do país.
As detenções ocorreram a 23 de novembro último e, segundo o diretor-geral da Polícia Nacional, tenente-coronel Yaovi Okpaoul, trata-se de membros de uma rede pertencente ao movimento "Revolução Tigre", criado há menos de um ano por Madjidou Touré, um membro da diáspora togolesa na Bélgica, também conhecido por "Mister Tiger".
O objetivo do movimento é "organizar uma revolução nacional para desestabilizar as instituições da República em três dias", afirmou.
O grupo é acusado de ter atacado, na noite de 22 para 23 de novembro passado, gendarmes e um posto da Polícia, em Agoè-Nyivé, arredores norte de Lomé, antes de violentar homens fardados, em Sokodé.
Sokodé é o centro nevrálgico das manifestações de 2017-2018, para exigir a partida do Presidente Faure Gnassingbé, em 2020, e reformas institucionais e constitucionais.
O balanço apresentado pelo diretor da Polícia Nacional indica que uma pessoa foi morta e quatro outras ficaram feridas entre as fileiras da Polícia, para além de um camião com clínquer incendiado, carros saqueados e quatro espingardas AK47 levadas.
A Polícia aponta o dedo para o Partido Nacional Pan-Africano (PNP), cujo líder, Tchikpi Atchadam, está exilado há mais de um ano.
Segundo Okpaoul, é das fileiras do PNP que são recrutados os membros do movimento "Revolução Tigre", baseado em Lomé, Sokodé, Tchamba (região central) e Anié (região do planalto).
Das 18 detenções, 15 foram feitas em Lomé, duas em Sokodé e uma em Sogakopé, no Gana.
O PNP, cujos membros nacionais se encontram em Lomé, ainda não respondeu a estas acusações.
-0- PANA FAA/DIM/IZ 04dez2019
