PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
17 mil Africanos morrem anualmente em conflitos
Addis Ababa, Ethiopia (PANA) – A África Subsariana conheceu em média 12 conflitos anualmente nas últimas duas décadas que resultaram na morte duma média de 17 mil pessoas por ano, revela um relatório lançado no fim de semana em Addis Abeba (Etiópia).
No mesmo período, refere o relatório, aumentou significativamente a violência não estadual, protagonizada por grupos armados ou de índole comunitária.
Apesar de serem de menor duração que os estaduais, os conflitos não estatais são mais comuns e difíceis de prever, indica o documento, precisando que, entre 1989 e 2009, a África Subsariana foi palco de 271 conflitos não estaduais que fizeram 60 mil vítimas mortais.
O relatório que foi encomendado pelo Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) admite, todavia, que ainda há muito por descobrir sobre os fatores dos conflitos em África, uma vez existindo evidências crescentes sobre o nexo entre conflito e pressões ambientais.
Sublinha que os conflitos em África não são um fenómeno estático, mas em constante mutação em resposta às alterações do ambiente geoestratégico mundial e às condições locais.
Segundo os resultados de um estudo de 2011 citado no relatório, existe uma forte correlação entre conflito e degradação do solo nas áreas de alta densidade populacional, e um nexo entre conflito e mudanças pluviométricas localizadas.
“Se as pressões ambientais são na verdade uma fonte de conflito, os riscos só poderão aumentar com o impacto das alterações do clima", indica o documento, acrescentando que existem ainda laços entre conflito e desigualdades.
O estudo constatou que disparidades no bem-estar e no acesso aos recursos económicos entre grupos locais também aumentam o risco de violência localizada, enquanto grupos marginalizados carentes de meios para se rebelar contra o Estado podem contender com vizinhos pelo acesso a recursos.
As transições políticas, particularmente para sair dum regime autoritário, também dão lugar à alta do risco de conflito, uma vez que os Estados em transição podem não ter capacidade, vontade ou legitimidade para conter a violência intergrupo, conclui o relatório elaborado por um Painel de Alto Nível sobre Estados Frágeis em África (PANEF).
-0- PANA IZ 31jan2014
No mesmo período, refere o relatório, aumentou significativamente a violência não estadual, protagonizada por grupos armados ou de índole comunitária.
Apesar de serem de menor duração que os estaduais, os conflitos não estatais são mais comuns e difíceis de prever, indica o documento, precisando que, entre 1989 e 2009, a África Subsariana foi palco de 271 conflitos não estaduais que fizeram 60 mil vítimas mortais.
O relatório que foi encomendado pelo Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) admite, todavia, que ainda há muito por descobrir sobre os fatores dos conflitos em África, uma vez existindo evidências crescentes sobre o nexo entre conflito e pressões ambientais.
Sublinha que os conflitos em África não são um fenómeno estático, mas em constante mutação em resposta às alterações do ambiente geoestratégico mundial e às condições locais.
Segundo os resultados de um estudo de 2011 citado no relatório, existe uma forte correlação entre conflito e degradação do solo nas áreas de alta densidade populacional, e um nexo entre conflito e mudanças pluviométricas localizadas.
“Se as pressões ambientais são na verdade uma fonte de conflito, os riscos só poderão aumentar com o impacto das alterações do clima", indica o documento, acrescentando que existem ainda laços entre conflito e desigualdades.
O estudo constatou que disparidades no bem-estar e no acesso aos recursos económicos entre grupos locais também aumentam o risco de violência localizada, enquanto grupos marginalizados carentes de meios para se rebelar contra o Estado podem contender com vizinhos pelo acesso a recursos.
As transições políticas, particularmente para sair dum regime autoritário, também dão lugar à alta do risco de conflito, uma vez que os Estados em transição podem não ter capacidade, vontade ou legitimidade para conter a violência intergrupo, conclui o relatório elaborado por um Painel de Alto Nível sobre Estados Frágeis em África (PANEF).
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