15 mil migrantes mortos no Mediterrâneo desde 2013, segundo ONG
Roma, Itália (PANA) - Mais de 15 mil migrantes morreram afogados ao largo do Mediterrâneo, desde 2013, anunciou quinta-feira Raffaela Milano, diretora dos Programas Itália-Europa da Organização não Governamental (ONG) Save The Children.
Falando à imprensa por ocasião do aniversário do naufrágio de um navio de migrantes, em 2013, marcado pela morte de 368 migrantes, Milano afirmou que “a Europa se comprometeu, após esta tragédia ocorrida a 3 de outubro de 2013, a tudo fazer para que uma tal situação nunca se repita”.
Mas desde então, mais de 15 mil pessoas, das quais várias crianças e adolescentes, perderam a vida ou foram dadas como desaparecidas, quando elas tentavam atravessar o Mediterrâneo, acrescentou.
"Ao longo dos anos, a Europa abandonou progressivamente as operações de busca de socorros, preferindo proteger as suas fronteirtas e não o povo , enquanto o compromisso assumido foi desrespeitado”, deplorou Milano.
Do seu lado, a União Italiana do Trabalho apelou aos Governos europeus para retomar as operações de busca e socorros dos migrantes e refugiados que estão confrontados com dificuldades ao largo do mar.
"A vida e a proteção do ser humano dever estar acima de todas as prioridades”, sublinhou o secretário-geral da organização por ocasião da celebração do aniversário do desaparecimento dos 368 migrantes, a 3 de outubro de 2013, ao largo da ilha italiana de Lampedusa.
"Celebramos este evento trágico enquanto, desde então, mais de 15 mil pessoas perderam a vida numa altura em que elas tentavam atravessar o Mediterrâneo em busca duma vida melhor”, disse a responsável da ONG Save The Children, indicando que o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) anunciou que dois mil 275 migrantes morreram em 2018, no Mediterrâneo.
-0- PANA YY/IN/TBM/FK/IZ 4out2019