14 pescadores são-tomenses presos no Gabão por pesca ilegal
São Tomé, São Tomé e Príncipe -(PANA) - Catorze marinheiros são-tomenses estão presos no Gabão por terem pescado numa zona protegida daquele país vizinho, soube a PANA de fonte oficial.
Seus familiares estão inconformados pois o processo está entregue a justiça gabonesa.
Os seus parentes mostram-se inconformados, e apelam às autoridades são-tomenses para que resolvam o assunto com maior brevidade.
"Eles estão presos. Só tomam pequeno-almoço, jantam três pessoas num mesmo prato", se queixou Iva Leite, esposa de um dos tripulantes da embarcação apreendida.
O navio foi confiscado com 150 quilos de peixe, indignou-se o proprietário do navio em apreço, José Eva, dizendo estar "sem poder fazer nada", face a esta situação.
São Tomé e Príncipe e Gabão disputam uma zona marítima comum, embora cada um tenha as suas limitações, acrescentou José Eva que acredita que “as boas relações entre os dois países poderão resolver o problema.”
O empresário levanta a hipótese de o navio ter sido arrastado por uma corrente marítima para aquela zona protegida do Gabão.
"A embarcação saiu sexta-feira (17 de março corrente) para, dois dias mais tarde, estar em Port-Gentil. Não é possível. Só pode ter sido arrastada por uma correnteza marítima", exclamou-se.
O primeiro-ministro são-tomense, Patrice Trovoada, garantiu que o assunto está a ser tratado ao nível diplomático.
Comprometeu-se a tudo fazer para que não haja maus tratos por parte das autoridades gabonesas.
"Com o Governo gabonês temos boas relações. Não podemos interferir numa questão de justiça. Estamos a acompanhar para que as pessoas beneficiem de todo o apoio", tranquilizou o primeiro-ministro são-tomense.
-0- PANA RMG/DD 27março2023