Agência Panafricana de Notícias

13 centrais sindicais mauritanas criticam medida de aumento de salários na Mauritânia

Nouakchott, Mauritânia (PANA) – Treze centrais sindicais mauritanas criticam vivamente e acham "ilegal" uma medida de aumento dos salários dos funcionários e de agentes do Estado, anunciado a 27 de novembro último pelo Presidente Mohamed Ould Abdel Aziz, soube a PANA terça-feira de fonte oficial.

Ao se referir a uma lei que modificou o estatuto geral da Função Pública em 1993 (lei 09/93 no seu artigo 25), as centrais sindicais lembram que "as vantagens e indemnizações dos funcionários e dos agentes do Estado devem ser objeto dum estudo pelo Alto Conselho da Função Pública e pela Reforma Administrativa, que é uma instância paritária entre o Governo e as centrais sindicais", lê-se numa correspondência enviada ao primeiro-ministro mauritano, Moulaye Ould Mohamed Laghdaf, e a que a PANA teve acesso no mesmo dia.

"Sem concertação com esta instância, os sindicatos, parceiros sociais incontornáveis, estão excluídos, o que torna unilateral a decisão das autoridades", afirmam as 13 organizações sindicais.

As centrais sindicais consideram que o aumento dos salários deverá atingir os 50 porcento, incluir também as pensões dos reformados, ao mesmo título que os funcionários, e revalorizar os abonos familiares.

Na sua mensagem à nação, a 27 de novembro último, o Presidente mauritano anunciou efetivamente um aumento salarial dos funcionários e dos agentes do Estado de 10 para 30 porcento conforme as categorias.

-0- PANA SAS/TBM/IBA/FK/DD 19dez2012