12 mortos em bombaeamentos de rebeldes de M23 no leste da RD Congo
Kinshasa, RD Congo (PANA) - Doze pessoas morreram e 31 outras ficaram feridas na sequência do bombardeamento, sexta-feira última, dos seus campos de acolhimento por rebeldes de M23, no leste da República Democrática do Congo (RDC), informou a Missão de Manutenção da Paz no Congo (MONUSCO).
Os mesmos campos de acolhimento tinham sido instalados nos bairros de Lac Vert e Mugunga, perto de Goma, a capital da província de Kivu Norte (leste), onde se regista um forte aumento da violência nos últimos meses, segundo a MONUSCO.
O porta-voz adjunto da Organização das Nações Unidas (ONU), Farhan Haq, declarou sexta-feira última a jornalistas, na sede da instituição em Nova Iorque, os Estados Unidos, que a situação à volta de Goma está muito tensa, com 11 incidentes de explosão, assinalados desde fevereiro último.
Citada por Haq, a representante especial do Secretário-Geral da ONU para a RDC, Bintou Keita, cumulativamente chefe da MONUSCO, condenou a onda da violência, apelando a todas as partes no conflito para respeitarem o direito internacional humanitário e protegerem os civis.
A escalada da violência em Kivu-Norte desencadeou um êxodo massivo em direção a Goma, que acolhe atualmente mais de 500.000 pessoas deslocadas, segundo a mesma fonte.
"Pesem embora a volatilidade da situação e a insegurança, os nossos parceiros e nos mesmos continuamos a fornecer a ajuda", declarou Haq, sublinhando igualmente a necessidade de um financiamento suplementar para darem a ajuda àqueles que dela precisam.
O plano de intervenção humanitária de 2024, que necessita de 2.600.000.000 dólares americanos, só beneficiou de 17 por cento deste valor, ou seja, 430.000.000 dólares americanos, revelou.
Se for inteiramente cabimentado, este plano poderá dar uma assistência humanitária e uma proteção a 8.700.000 pessoas, segundo a MONUSCO.
-0- PANA MA/RA/MTA/JSG/SOC/DD 4maio2024