117 novos requerentes do asilo evacuados da Líbia para Rwanda
Trípoli, Líbia (PANA) – Cento e setenta e sete emigrantes clandestinos presos na Líbia foram evacuados domingo pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) para o Rwanda, no quadro do programa de assistência dos refugiados em situação de emergência neste país da África do Norte.
"Eles acabam de aterrar em Kigali. No total, 117 requerentes do asilo deixaram domingo a Líbia e chegaram bem ao Rwanda numa outra evacuação humanitária realizada com êxito, coordenada pelas equipas do ACNUR”, escreveu esta segunda-feira a referida entidade num tweet, na sua conta oficial nas redes sociais.
"O grupo foi calorosamente acolhido no aeroporto e será alojado no centro de trânsito de Gashora”, lê-se na mensagem.
Esta terceira evacuação do género inscreve-se num mecanismo de trânsito de emergência, recentemente adotado e instalado pelo Governo do Rwanda, pelo ACNUR e pela União Africana (UA) e do qual beneficiam emigrantes em situação de emergência na Líbia.
A segunda evacuação vital para um grupo de refugiados vulneráveis na Líbia foi efetuada a 11 de outubro último, elevando assim o número para 123 pessoas.
O primeiro grupo de 66 pessoas foi evacuado a 27 de setembro último.
Na sexta-feira última, 60 requerentes do asilo foram libertos pelo ACNUR dum centro de detenção na Líbia com vista à sua evacuação do país.
Mais de 44 mil migrantes clandestinos e requerentes do asilo foram registados na Líbia junto do ACNUR, enquanto mais de mil e 200 requerentes do asilo estão no centro de mobilização e de partida do ACNUR.
A Líbia é ao mesmo tempo um país de trânsito e de destino da emigração clandestina, estando por isso, nos últimos anos, confrontada com um tremendo fluxo migratório, favorecido pela situação de insegurança prevalecente no país, exacerbada pela escalada militar prevelecente perto de Tripoli, desde 4 de abril último.
Devido à deterioração das condições de vida dos emigrantes, as autoridades líbias decidiram, em colaboração com organizações das Nações Unidas, encerrar centros de alojamento, onde dois mil e 800 migrantes clandestinos estão presos, e encontrar uma nova alternativa à gestão desta matéria.
-0- PANA BY/JSG/FK/DD 25nov2019