10 mortos em confrontos em Soweto, na África do Sul
Cidade do Cabo, África do Sul (PANA) - O primeiro-ministro de Gauteng, David Makhura, anunciou terça-feira a morte de 10 pessoas em confrontos num centro comercial em Soweto, no sudoeste, enquanto persistem atos de violência relativamente à detenção do ex-Presidente sul-africano, Jacob Zuma.
Mais de 400 pessoas foram detidas na província, enquanto outras 350 em KwaZulu-Natal, onde a violência começou sexta-feira última.
Na semana passada, o Tribunal Constitucional condenou Zuma a 15 meses de prisão por ultraje, dando-lhe um prazo de até domingo último para se render.
Ordenou ao Ministério da Polícia para o deter até a meia-noite de quarta-feira última se ele persistisse em não obedecer.
Desafiante, Zuma recusou-se, inicialmente, a cumprir a ordem judicial, mas uma delegação policial de alto nível persuadí-ló-á a fazê-lo.
O Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, exortou o país a manter a calma e garantiu que soldados foram desdobrados em pontos críticos em todo o país.
A Aliança Democrática (DA), a oposição oficial, disse intentar uma ação criminal contra filhos de Zuma, Duduzile Zuma-Sambudla e Edward Zuma, que postaram nas redes sociais mensagens de incitação à violência.
A DA exortou o Ministério Público e o ministro da Polícia, Bheki Cele, a tomarem medidas contra estes dois filhos de Zuma crianças Zuma, fazendo com que sejam responsabilizados criminalmente por incitação à violência e pelos seus discursos de guerra.
Por outro lado, o Botswana exortou os seus cidadãos a evitarem viagens desnecessárias por certas partes da vizinha África do Sul devido à violência em curso.
O Ministério sul-africano dos Assuntos Internacionais e Cooperação aconselhou aos cidadãos presentes na África do Sul a estarem extremamente prudentes e evitarem viagens desnecessárias, especialmente para cidades como Joanesburgo e Durban.
Aos camionistas do Botswana também aconselhou a encontrarem rotas alternativas para evitar zonas de protesto.
-0- PANA CU/AR/BAI/IS/MAR/DD 13julho2021